O Papa Francisco, que é pop e não poupa os corruptos, faz mais uma ação direta de combate ao crime transnacional de lavagem de dinheiro – que costuma ser a base financiadora de vários outros crimes contra a humanidade. O Pontífice determinou que o “Banco do Vaticano” promova um pente fino nas contas de missões diplomáticas e de governos. A medida atinge diretamente o Brasil. Será mais uma má notícia do “Outubro Rose” para a petralhada mensaleira?
Francisco estipulou que, até o final deste ano, esteja completamente saneada a instituição – oficialmente conhecida como Istituto per le Opere di Religione (IOR), profanamente chamada de “Banco do Vaticano”. Um brasileiro faz parte diretamente da coordenação dessa missão saneadora. O Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Sherer atua como um dos cinco cardeais da Autorità di Informazione Finanziaria. Os membros desta espécie de alto conselho de gestão do banco, que opera a partir de uma única base no Estado da Cidade do Vaticano, têm mandato até 2018.
Por determinação do Papa Francisco, o banco está “conduzindo uma extensa avaliação das contas de todos os nossos clientes, com o objetivo de fechar esses relacionamentos que não estão em linha com a missão da IOR”. O banco é auditado externamente pela KPMG, de Lugano, na Suíça. O Papa exige o máximo de rigor neste trabalho.
O “Banco do Vaticano” não usa depósitos para emprestar dinheiro e não emite títulos para revenda ou outros produtos financeiros. Apenas funciona como um banco deveria funcionar. Fornece tomada de depósito, gestão de ativos, funções de custódia e transferências de pagamentos internacionais através dos bancos correspondentes. Tais operações é que passam, até o fim do ano, por uma rigorosa auditoria nunca antes feita na história da Igreja Católica, depois de tantas denúncias de escândalos.
O IOR mantém contas de 5.200 instituições católicas: Santa Sé e entidades relacionadas, ordens religiosas e dioceses, que respondem por mais de 85% (EUR 6.0 bn de 7,1 bilhões) de ativos sob gestão. Também tem 13.700 indivíduos correntistas: clérigos, funcionários ou ex-funcionários do Vaticano com salários e pensões contas e diplomatas acreditados junto da Santa Sé. Os ativos mantidos por conta de indivíduos correspondem a 15% (1,1 mil milhões de EUR 7,1 bilhões). O IOR fornece ainda contas de salários e pensões para 5000 pessoas empregadas pelo Vaticano.
Ernst von Freyberg, Presidente do Conselho IOR e diretor-geral interino, mandou seu recado, por escrito, na publicação do Balanço de 2012 da instituição – fato inédito na história do Vaticano: “O IOR aplica uma política de tolerância zero em relação a qualquer violação de leis, regras e regulamentos. Nós nos esforçamos para alcançar os altos padrões justamente esperado de nós. Nossa missão é servir a Igreja universal por todo o mundo, ajudando a Santa Sé, congregações religiosas e instituições católicas em suas obras de caridade e evangelização”.
Josué da Silva barrado no Clube Harmonia?
A tradicionalíssima Sociedade Harmonia de Tênis, que reúne a nata da quatrocentona elite paulistana, está prestes a dar uma bola preta ao ingresso em seus quadros do empresário Josué Cristiano Gomes da Silva.
O filho do ex-vice-Presidente da República José Alencar, que comanda a Coteminas e é um dos vice-presidentes da poderosa FIESP, foi alvo de várias cartas, escritas por pesos-pesados da economia, sócios do seleto clube, que apresentaram vários argumentos contrários ao ingresso de Josué.
A situação de bola preta ou não será avaliada, sob pressão, por 15 membros do conselho de admissão do Harmonia.
Enquanto não entra para o Harmonia, Josué já foi aceito no “clube” do PMDB, com o beneplácito de Luiz Inácio Lula da Silva, para ser candidato ao governo ou ao Senado por Minas Gerais...
Desarmonização
Sócios do Clube comentam que o polêmico ingresso de Josué já é motivo de grande desarmonia no Clube.
Desde o final de semana, circulam boatos de que, se Josué não for aceito, corre-se o risco de ser embargada, pela Prefeitura de São Paulo, a obra de uma tão sonhada garagem para os sócios do Harmonia – obra cujas escavações já foram concluídas.
Revoltado com o fato de Josué ter evocado sua amizade com o prefeito petista Fernando Haddad, para pressionar a direção e o conselho do clube, um bronqueado sócio detonou:
“Por que o Josué quer entrar para o clube que Lula afirma ser das zelites? Será que ele deseja nos afrontar? Será que ele não sabe do que um quatrocentão paulistano é capaz, quando é humilhado?”
Vingancinha midiática
O mesmo sócio revoltado do Harmonia faz uma premonição sobre pressões midiáticas de que o clube pode ser vítima, brevemente, no affair Josué.
O sócio revela que uma famosa colunista de um jornalão pode tomar as dores de Josué, para se vingar do fato de o querido irmão dela ter sofrido a proibição de frequentar as dependências do clube...
De repente, com esta premonição do sócio, fica até uma sugestão tática para o discriminado Josué plantar uma notinha na famosa coluna contra a turma do Harmonia...
Boquinha fechada no Congresso?
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
04 de outubro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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