"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

APÓS APONTAR SUPERFATURAMENTO NO GOVERNO, PROCURADORIA DO CE SERÁ REDUZIDA

Procuradoria de Contas vai ser reduzida à metade no CE


Dominada por aliados do governador Cid Gomes (Pros), a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou ontem projeto que reduz à metade o número de procuradores do Ministério Público de Contas.
 


A instituição, que atua no Tribunal de Contas, tem promovido investigações incômodas a Cid. Já apontou indícios de superfaturamento em shows contratados pela gestão e questionou os R$ 650 mil pagos a Ivete Sangalo para inaugurar um hospital.
 
A PEC (proposta de emenda constitucional) reduz de seis para três o total de procuradores da instituição. Foi aprovada com apenas quatro votos contrários, da oposição. Deverá ser promulgada e publicada nos próximos dias.
 
O autor do texto, Mário Hélio (PMN), da base de Cid, negou casuísmo na proposta. Disse respeitar a instituição e citou a necessidade de economia --afirmou, contudo, não ter os cálculos. "Minas tem mais que o dobro da população e tem só sete procuradores de Contas", disse.
 
O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Gleydson Alexandre, afirmou que o projeto é inconstitucional, porque deveria ter sido proposto pelo Tribunal de Contas. Ele vê retaliação à atuação do órgão e disse que irá à Justiça contra a medida.
 
"A Assembleia não fiscaliza o governo e agora ela cortou quem fiscaliza", afirmou.

04 de outubro de 2013
AGUIRRE TALENTO - Folha de São Paulo

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