O BNDES decidiu participar da capitalização da Oi e, com isso, apoiar a fusão da tele brasileira com a PT (Portugal Telecom), anunciada anteontem.
Segundo a Folha apurou, o banco entrará no "bolo" de R$ 2 bilhões a serem disponibilizados pelos atuais sócios da Telemar Participações, holding que controla a Oi com 56% das ações ordinárias, e por um novo acionista, o BTG Pactual.
Havia dúvida sobre a entrada do banco estatal, um dos acionistas controladores da operadora, na transação.
Ao divulgar a operação de fusão, na quarta-feira, o presidente da Oi e da PT, Zeinal Bava, tinha assegurado apenas o aporte de recursos dos acionistas privados, por meio de compra de ações em oferta pública prevista para o primeiro semestre de 2014.
R$ 14,1 BILHÕES
O montante a ser levantado no lançamento de ações fica entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões. Ao todo, o aumento de capital será de até R$ 14,1 bilhões, incluindo R$ 6,1 bilhões em ativos da PT.
O banco estatal ainda negocia quanto irá injetar na operação. Já está certo, no entanto, que não será na mesma proporção da participação do banco na Oi.
Se participasse na mesma proporção, o BNDES teria que fazer um desembolso de cerca de R$ 3,5 bilhões, valor vetado pelo Planalto.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Os fundos de pensão de estatais também controladores da Oi tendem a seguir o BNDES. Juntos, os fundos e o banco de fomento têm 38% de participação na holding Telemar Participações.
Uma outra parcela, ainda não definida, virá de dois acionistas da Portugal Telecom, o Banco Espírito Santo e o grupo Ongoing.
"A partir de agora, a PT fica integrada num 'player' global com considerável potencial de desenvolvimento mundial", disse Ricardo Salgado, presidente do BES.
04 de outubro de 2013
PEDRO SOARES - Folha de São Paulo
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