Eu sempre fui azarado nas minhas apostas políticas.
Quando era pequeno, em 1960, panfletei para Paulo Alberto Monteiro de Barros, o Artur da Távola, eleito para deputado estadual. Foi cassado e exilado. Depois fui um dos que colheram assinaturas para a criação do PL, de Alvaro Valle.
O partido virou sigla de aluguel e Alvaro se revelou um bosta n’água. Algum tempo depois foi Collor, em quem votei no segundo turno - no primeiro, votei em Covas. Deu no que deu. A contragosto, votei em Serra e Alkmin, sem contar com uma dúzia de candidatos a governador do Rio de Janeiro e a prefeitos da capital que, ou perderam ou se revelaram uns crápulas, do tope de Cesar Maia e de Sergio Cabral.
Recentemente fiz uma aposta ao votar no Sirkis: virou chaveirinho da Marina e não faz outra coisa que não seja babar o ovo da Rainha do Mogno Roubado. Cheguei a me entusiasmar com Demóstenes Torres para presidente, mas ele se revelou um ladrãozinho como outro qualquer.
Agora foi Gabeira - em quem eu apostava como uma alternativa para o governo do estado - que se bandeou para a Globo News e cujo contrato o proíbe de se candidatar a cargos políticos por dois anos.
Mas o pior de tudo está sendo a decepção com Miro Teixeira, a quem, junto com Gabeira, cheguei a sugerir que se candidatasse também ao governo do Rio. Não é que o cara virou papagaio de pirata da Marina?
Eu não sei se o meu “avaliômetro” veio com defeito de fábrica ou se é o meio político que é tão nefasto a ponto de distorcer os caracteres de todos que nele ingressam, não livrando a cara nem dos mais aparentemente probos.
Em todo caso, parei de fazer apostas e tenho vontade até de passar a votar nos piores candidatos.
Poupa decepções.
Papagaio, Marina e Chaveirinho 04 de outubro de 2013 |
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