O presidente Michel Temer assinou na tarde desta sexta-feira o decreto de extradição do italiano Cesare Batisti , condenado pelo assassinato de quatro pessoas em seu país. O decreto será publicado ainda hoje em uma edição extra do Diário Oficial da União. Após fazer buscas em endereços ligados ao ex-ativista, a Polícia Federal passou a considerá-lo foragido.
Nesta quinta-feira, o ministro do Supremo tribunal Federal (STF) Luiz Fux determinou a prisão de Battisti. A defesa do italiano recorreu. Os advogados pedem que Fux reconsidere a decisão ou, ao menos, leve o recurso para julgamento no plenário da Corte ainda neste ano.
SEM CONTATO – Mais cedo, o advogado Igor Yamasaki Tamasauskas afirmou que tentava contato com seu cliente desde ontem à noite, sem sucesso. “Falo com ele em ocasiões pontuais. Desde ontem não consegui fazer contato com Battisti por telefone” — disse.
Nesta sexta-feira, o presidente eleito Jair Bolsonaro respondeu por meio de publicação no Twitter ao ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini , que o parabenizou pela decisão da Justiça. “Conte conosco”, escreveu o presidente eleito.
NA FRONTEIRA – Em outubro de 2017, Battisti foi preso em Corumbá (MS) tentando viajar para a Bolívia, supostamente para evitar eventual extradição. Segundo a Justiça Federal, havia indícios “robustos” da prática dos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Dois dias depois, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região determinou a libertação de Battisti. Mas impôs a ele a obrigação de comparecer mensalmente à Justiça para comprovar residência e justificar atividades.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Assinar a extradição de Battisti foi fácil. Difícil vai ser achar o paradeiro dele, que é mestre em fugas espetaculares. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Assinar a extradição de Battisti foi fácil. Difícil vai ser achar o paradeiro dele, que é mestre em fugas espetaculares. (C.N.)
17 de dezembro de 2018
Karla Gamba e Adriana Mendes
O Globo
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