O jornal mais tradicional da Venezuela, El Nacional, publicou sua última edição impressa no último dia 14, após circular por 75 anos.
Crítico à ditadura de Nicolás Maduro, o periódico “usava distintas estratégias para driblar pressões do regime, e conseguimos até onde foi possível”, disse o diretor da publicação, Miguel Henrique Otero, 71.
Em entrevista à “Folha”, Otero disse não enxergar uma saída para o país que passe pela atual oposição:
[A oposição] está fragmentada, e seu pior erro foi achar que podia negociar com Maduro. A saída agora está em que o regime se fragmente por dentro. E isso já está acontecendo.
O diretor do jornal acrescentou:
As Forças Armadas já têm um setor rebelado. Há 250 oficiais de médio e alto escalão presos. Na Nicarágua não existe isso, nem em Cuba. É um problema imenso para Maduro se os militares forem abandonando o regime.
Otero também vê esperanças na mudança de governo nos países vizinhos, com Iván Duque na Colômbia, e Jair Bolsonaro no Brasil.
Ele declarou:
O panorama para Maduro se complica, pois são presidentes que terão atitude mais dura em relação a ele.
17 de dezembro de 2018
renova mídia
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