"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A GRANDE MÍDIA TERÁ HUMILDADE PARA FAZER UMA AUTOCRÍTICA?



O colunista Carlos Alberto di Franco, em artigo de opinião publicado no jornal “Estadão“, disse que a imprensa tem de se reinventar.

Renova reproduz abaixo trechos importantes do texto, e recomenda que você leia na íntegra aqui.


A eleição de Jair Bolsonaro escancarou uma virada cultural profunda, que sacode os alicerces do jornalismo tradicional. A imprensa, no entanto, parece estar paralisada pela síndrome da negação. De costas para as mudanças que estão gritando na nossa frente, na queda da circulação, na diminuição das audiências, aferra-se a um passado que não voltará mais.

As empresas de conteúdo, éticas e independentes, são essenciais para a democracia. Mas precisam se reinventar. E parte importante dessa mudança, urgente e necessária, passa por uma autocrítica sincera, que não briga com a realidade e com a força dos fatos […].

Assumimos, sem senso crítico, a estratégia petista de que Lula era candidato à Presidência da República em 2018. Não apenas isso, a mídia, contra o sentimento da maioria da população, garantia que o ex-presidente, cumprindo pena por corrupção e na contramão da Lei da Ficha Limpa, era favorito disparado para ganhar. Entramos de cabeça numa hipótese muito pouco provável. Nossas manchetes, apoiadas na abstração dos institutos de pesquisa, asseguravam que Lula era imbatível. Em nenhum momento desmontamos a fábula petista.

A imprensa pode tentar se reinventar, mas ela não vai conseguir reinventar os leitores perdidos, frisa “O Antagonista“.


17 de dezembro de 2018
renova mídia

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