O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira, dia 28, que tem recebido “muitos apelos” para que se candidate ao cargo de presidente da República. “Existe uma questão de parar e pensar se é o momento, e se tenho disposição para isso ou não. Eu tenho recebido muitos apelos nesse sentido, recebido sugestões, manifestações de pessoas que apoiam a ideia, da sociedade. Nas minhas visitas, palestras, recebo grande número de pedidos nesse sentido”, afirmou.
PESQUISAS – Em entrevista para a rádio “Paiquerê”, de Londrina, no Paraná, o ministro defendeu que uma pesquisa de natureza qualitativa deverá influenciar na sua decisão sobre uma possível candidatura. “É muito importante que se tenha algumas pesquisas. Não a pesquisa de intenção de voto, porque essa envolve o que a população conhece de cada um (candidato). Digo a pesquisa qualitativa. É nela que se avalia aquilo o que as pessoas estão esperando. E tenho que avaliar tudo isso de forma criteriosa e com muito vigor”, disse.
Numa verdadeira maratona de entrevistas para rádios do interior do país, Meirelles tem buscado aproximação com o eleitorado em regiões onde seu nome não é tão conhecido. Na entrevista desta manhã, o ministro destacou que existe também questões de ordem partidária e política que ele está levando em consideração para tomar a decisão sobre uma possível candidatura.
REFORMA – “É muito importante ter apoio de prefeitos, vereadores e deputados. Toda uma estrutura que possa levar a mensagem a todas as regiões do país”, observou. Na entrevista de 25 minutos, o ministro também defendeu as medidas econômicas tomadas por sua gestão na Fazenda, e voltou a amenizar o fato de a reforma da Previdência ter sido retirada da pauta de prioridades do governo para ser levada ao Congresso.
Segundo o ministro, o problema “gravíssimo” do momento é a questão da segurança pública no Rio de Janeiro. “Por isso foi necessária a intervenção, sendo necessário paralisar qualquer mudança constitucional. Agora, se nós olharmos mais a frente, aí sim é necessário a reforma da Previdência. Em 10 anos (o gasto com aposentadoria) vai ocupar 80% da receita da União, aí não vai ter dinheiro para pagar saúde e educação. Mas não é uma questão de curto prazo. Esperamos que a previdência deve ser votada este ano ou no máximo no ano que vem”, finalizou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Meirelles parece, por enquanto, repetir os passos de Temer. Faz o tipo indeciso, mas costura apoio para candidatura, participa de inúmeras entrevistas e repete o discurso de que ainda está só “pensando no assunto”. Trata a reforma como questão ainda a ser debatida, mas nega o fracasso. E, agora, tal e qual o presidente, fala que, em nome da segurança, o foco é buscar soluções para a calamidade no Rio de Janeiro. Muita gente agarrada na mesma bandeira, como se toda a tragédia carioca tivesse começado há poucas semanas. A intervenção foi a melhor saída para um governo que já dava os seus últimos passos na prancha do navio. E agora, todos querem uma cadeira nesse banquete. (M.C.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Meirelles parece, por enquanto, repetir os passos de Temer. Faz o tipo indeciso, mas costura apoio para candidatura, participa de inúmeras entrevistas e repete o discurso de que ainda está só “pensando no assunto”. Trata a reforma como questão ainda a ser debatida, mas nega o fracasso. E, agora, tal e qual o presidente, fala que, em nome da segurança, o foco é buscar soluções para a calamidade no Rio de Janeiro. Muita gente agarrada na mesma bandeira, como se toda a tragédia carioca tivesse começado há poucas semanas. A intervenção foi a melhor saída para um governo que já dava os seus últimos passos na prancha do navio. E agora, todos querem uma cadeira nesse banquete. (M.C.)
02 de março de 2018
Patrik Camporez
O Globo
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