"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 2 de março de 2018

NOVOS EMAILS DE MARCELO ODEBRECHT COMPLICAM A SITUAÇÃO DE LULA E DE PALOCCI


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E-mails pessoais incriminam “Amigo” e “Italiano”
A defesa de Marcelo Odebrecht entregou, nesta quarta-feira (27), 43 e-mails trocados entre 2008 e 2013 ao juiz Sérgio Moro, que é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. As mensagens estavam no computador pessoal de Odebrecht e, conforme os advogados, reforçam o que Marcelo disse na delação premiada sobre a relação da Odebrecht com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A defesa afirma que Marcelo só teve acesso a esse conteúdo depois que passou a cumprir prisão domiciliar, em dezembro deste ano. Por conta disso, os e-mails foram encaminhados apenas agora, ainda de acordo com os advogados. Essa é a terceira remessa de e-mails do computador pessoal que Marcelo Odebrecht encaminha para a Justiça. Agora, Moro deve decidir se esse novo material pode ser usado como prova nos processos.
LULA E PALOCCI – Em um dos emails, entregue pela defesa de 21 de junho de 2011, Marcelo Odebrecht diz para um ex-diretor da empresa: “Quando mencionar ao amigo de BG que o acerto do evento foi com italiano/amigo de meu pai, e não com PT, importante não mencionar nada sobre minha conta corrente com italiano pois só ele e amigo de meu pai sabem”, diz a mensagem eletrônica.
A mensagem reforça o conhecimento de Lula sobre a conta corrente mantida com o ex-ministro Antônio Palloci, segundo a defesa de Marcelo Odebrecht. De acordo com as investigações, Palocci era identificado na Odebrecht como italiano e Lula como amigo de meu pai. Segundo as investigações, Palocci administrava a conta de propina que a Odebrecht tinha com o PT.
A defesa também destacou trocas de e-mails que, segundo os advogados, falam do andamento das obras no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia.
PROPINAS DE LULA – O Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente de ter ganho as reformas de presente da Odebrecht e da Oas, como propina. Conforme a denúncia, as melhorias no Sítio Santa Bárbara totalizaram R$ 1,02 milhão.
Em outra mensagem eletrônica, de 30 de dezembro de 2010, o engenheiro da Odebrecht escreve para Marcelo e executivos do grupo. “A equipe informou hoje pela manha que esta tudo conforme programado. O mais importante nesse tipo de obra e’ que não ha indefinicoes por parte do proprietário. Eu diria que temos como meta o dia 15 e não havendo imprevistos a alcancaremos. Temos um eng senior que se instalou em Atibaia e esta’ cuidando pessoalmente do assunto com equipe de sua confianca”, diz o e-mail.
Os advogados dizem que a troca de mensagens da qual faz parte contêm citações diretas ao Sítio de Atibaia, demonstrando em que medida Marcelo Odebrecht tomou conhecimento sobre o assunto.
TODOS NEGAM – A defesa de Lula declarou que os e-mails em nada abalam o fato de que o ex-presidente jamais solicitou ou recebeu da Odebrecht, ou de qualquer outra empresa, algum benefício ou favorecimento. A defesa afirmou, ainda, que vai pedir a análise da autenticidade e veracidade dos documentos e que os e-mails contradizem, tanto a delação premiada, como um outro depoimento de Marcelo Odebrecht à Justiça.
O Partido dos Trabalhadores declarou que nunca teve contas secretas, muito menos de propina e que isso é uma falsidade, criada pela Lava Jato e por réus confessos, que contam mentiras em troca da redução de pena e de benefícios econômicos.
A defesa do ex-ministro Antonio Palocci não quis se manifestar.

02 de março de 2018
Malu Mazza
G1 PR e RPC

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