Sobre a intervenção das Forças Armadas no combate à criminalidade e à violência não há dúvida que a população brasileira apóia incondicionalmente.
Já sobre a forma há mais peru em volta da mesa do que jogadores que conhecem o assunto.
Como todas as cartas foram colocadas sobre a mesa, é o caso de esclarecer que tipo de jogo será escolhido. Se for ronda, cada um escolhe a sua carta, e o croupier retira uma a uma do monte até que saia a carta igual à escolhida pelos jogadores. É jogo para passar o tempo.
Se for truco, não vai dar certo. O jogo não tem regras e serve para congregar amigos em volta de cerveja e churrasco. É uma gritaria danada e todos se divertem.
Quanto à situação da segurança pública, o ideal será o poker, que requer inteligência, experiência, sangue-frio e disciplina.
O jogo está jogado e, no final, quem será o vencedor?
Desde os tempos mais remotos, o ser humano sempre fez a guerra para buscar a paz.
Na História moderna, o Prêmio Nobel foi entregue a governantes que guerrearam em nome da paz. Em todas as guerras, heróis se destacaram por gestos de bravura ao matar dezenas de inimigos. Enfermeiras e médicos morreram para salvar feridos; tudo em nome da palavra mais usada em meio a conflitos que proliferam pelo mundo.
Os pacifistas e a ONU sabem que, no limite, será necessário ser mais duro para conseguir a sobrevivência de mais pessoas, especialmente dos inocentes.
Este argumento foi usado pelos americanos ao bombardear o Japão com a bomba atômica: salvar gente, terminando a matança diária com a rendição do inimigo.
Os massacres vitoriosos nas guerras estão na história de muitos países, inclusive o nosso durante a guerra do Paraguai. É o homem bicho contra o bicho homem.
Na batalha diária que perdemos para bandidos sanguinários, sabemos todos que não bastarão educação, assistência social ou carteiras assinadas para conter a guerrilha urbana que se instalou nas nossas ruas como se fôssemos a Colômbia então sitiada por traficantes.
Agora, o Brasil se tornou o porto seguro para criminosos. O combate contra as milícias de traficantes de drogas e armas foi contido em outros países produtores de drogas, como na Colômbia. Ali, levou-se meio século para conter a criminalidade à custa de milhares de vidas.
A nossa sociedade, refém dos assassinos cruéis e de governantes mancomunados com o crime, não sabe mais o que fazer. Os quase 70 mil assassinatos por ano são semelhantes a zonas de guerra, deixando-nos a clamar por soluções drásticas.
A intervenção no Rio de Janeiro, estado saqueado por políticos e carente de tudo, é o exemplo de como a união de governantes e bandidos só pode dar no que deu.
As soluções encontradas pelo presidente Michel Temer são as necessárias. As mudanças rápidas e duras, realizadas pelas Forças Armadas no comando da banda boa das polícias, são sinais de que o tempo das quadrilhas organizadas está chegando ao fim.
Os falsos entendidos de segurança pública filosofam a respeito do tema e tentam amaciar as ações policiais com argumentos sociológicos, psicológicos e psiquiátricos para condenarem as medidas adotadas.
É fato que as ações violentas não são desejadas e nem são apregoadas pelas autoridades. Os moradores do Rio, especialmente das favelas, estão cansados de viver perigosamente.
As cartas estão nas mesas, e os jogadores devem proibir a entrada no salão de perus dando palpites e ditando regras.
05 de março de 2018
Paulo Castelo Brano
Já sobre a forma há mais peru em volta da mesa do que jogadores que conhecem o assunto.
Como todas as cartas foram colocadas sobre a mesa, é o caso de esclarecer que tipo de jogo será escolhido. Se for ronda, cada um escolhe a sua carta, e o croupier retira uma a uma do monte até que saia a carta igual à escolhida pelos jogadores. É jogo para passar o tempo.
Se for truco, não vai dar certo. O jogo não tem regras e serve para congregar amigos em volta de cerveja e churrasco. É uma gritaria danada e todos se divertem.
Quanto à situação da segurança pública, o ideal será o poker, que requer inteligência, experiência, sangue-frio e disciplina.
O jogo está jogado e, no final, quem será o vencedor?
Desde os tempos mais remotos, o ser humano sempre fez a guerra para buscar a paz.
Na História moderna, o Prêmio Nobel foi entregue a governantes que guerrearam em nome da paz. Em todas as guerras, heróis se destacaram por gestos de bravura ao matar dezenas de inimigos. Enfermeiras e médicos morreram para salvar feridos; tudo em nome da palavra mais usada em meio a conflitos que proliferam pelo mundo.
Os pacifistas e a ONU sabem que, no limite, será necessário ser mais duro para conseguir a sobrevivência de mais pessoas, especialmente dos inocentes.
Este argumento foi usado pelos americanos ao bombardear o Japão com a bomba atômica: salvar gente, terminando a matança diária com a rendição do inimigo.
Os massacres vitoriosos nas guerras estão na história de muitos países, inclusive o nosso durante a guerra do Paraguai. É o homem bicho contra o bicho homem.
Na batalha diária que perdemos para bandidos sanguinários, sabemos todos que não bastarão educação, assistência social ou carteiras assinadas para conter a guerrilha urbana que se instalou nas nossas ruas como se fôssemos a Colômbia então sitiada por traficantes.
Agora, o Brasil se tornou o porto seguro para criminosos. O combate contra as milícias de traficantes de drogas e armas foi contido em outros países produtores de drogas, como na Colômbia. Ali, levou-se meio século para conter a criminalidade à custa de milhares de vidas.
A nossa sociedade, refém dos assassinos cruéis e de governantes mancomunados com o crime, não sabe mais o que fazer. Os quase 70 mil assassinatos por ano são semelhantes a zonas de guerra, deixando-nos a clamar por soluções drásticas.
A intervenção no Rio de Janeiro, estado saqueado por políticos e carente de tudo, é o exemplo de como a união de governantes e bandidos só pode dar no que deu.
As soluções encontradas pelo presidente Michel Temer são as necessárias. As mudanças rápidas e duras, realizadas pelas Forças Armadas no comando da banda boa das polícias, são sinais de que o tempo das quadrilhas organizadas está chegando ao fim.
Os falsos entendidos de segurança pública filosofam a respeito do tema e tentam amaciar as ações policiais com argumentos sociológicos, psicológicos e psiquiátricos para condenarem as medidas adotadas.
É fato que as ações violentas não são desejadas e nem são apregoadas pelas autoridades. Os moradores do Rio, especialmente das favelas, estão cansados de viver perigosamente.
As cartas estão nas mesas, e os jogadores devem proibir a entrada no salão de perus dando palpites e ditando regras.
05 de março de 2018
Paulo Castelo Brano
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