Entre os diversos documentos que estão sendo entregues pelos sócios da JBS nos anexos complementares de suas delações premiadas, vão estar extratos e explicações, em detalhes, de depósitos feitos na conta no exterior que foi atribuída aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, para destinar recursos ao PT. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S.Paulo”.
De acordo com as informações, as contas teriam sido abertas em nome de uma offshore controlada por Joesley Batista. Nos negócios com o governo, uma propina de 4% era depositada. Durante o governo Lula (2003 a 2010), a conta levava seu nome. Depois, quando Dilma assumiu o país (2011 a 2016), essa conta passou a ser identificada como “de Dilma”.
RECURSOS DO PT – O dinheiro, segundo Joesley, ficaria reservado para o PT. O empresário afirma que mostrava os extratos para o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, que nega ter conhecimento dessas irregularidades.
De acordo com o empresário e delator, cada doação para campanhas do PT no país era debitada da poupança no exterior. Assim, o partido gastou tudo a que tinha direito, para se manter no poder.
A sobra dos recursos que tinham ficado no exterior foram então usados por Joesley para comprar um apartamento em Nova York, dois barcos e para pagar sua festa de casamento em 2012.
MAIS PRAZO – Os delatores da JBS ganharam mais 60 dias para entregar informações complementares, dentro do acordo de colaboração premiada firmado com a Procuradoria Geral da República. A decisão é do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e atende a pedidos tanto da JBS quanto da Procuradoria. O último dia do prazo previsto para a entrega de anexos complementares era na quinta-feira, e agora passa a ser no fim de outubro.
Na decisão, Fachin considerou que a prorrogação não gera “mudança substancial” no acordo e que não há motivos para rejeitar o pedido se a finalidade é trazer maior eficácia e efetividade à colaboração premiada. Além disso, afirmou que há precedente no Supremo Tribunal Federal de prorrogação de prazo e que a lei que trata das delações premiadas não prevê nenhum impedimento a isso.
MAIS PROVAS – O pedido de prorrogação foi feito às vésperas do fim do prazo de quatro meses que os delatores tiveram desde a assinatura dos acordos de delação premiada para apresentarem o complemento.
Ainda sem saber se teriam o novo prazo concedido, os advogados da JBS apresentaram na quinta-feira alguns dos anexos complementares da delação feita pelos executivos da empresa. Entre os documentos há novos áudios de Joesley com políticos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – São duas coisas independentes. Uma delas é a homologação do acordo de delação, e nada tem a ver com o prazo. É a maior delação de todos os tempos. Fala-se em 1.829 políticos “ajudados” pela JBS. Este número, nove vezes superior à famosa planilha da Odebrecht, não surgiu aleatoriamente. Todos eles serão identificados, para o bem do Brasil. Vamos aguardar, porque a temperatura está aumentando. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – São duas coisas independentes. Uma delas é a homologação do acordo de delação, e nada tem a ver com o prazo. É a maior delação de todos os tempos. Fala-se em 1.829 políticos “ajudados” pela JBS. Este número, nove vezes superior à famosa planilha da Odebrecht, não surgiu aleatoriamente. Todos eles serão identificados, para o bem do Brasil. Vamos aguardar, porque a temperatura está aumentando. (C.N.)
04 de setembro de 2017
Deu em O Tempo
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