"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

PIADA DO ANO: SEM FAZER DELAÇÃO, MANTEGA QUER EVITAR PRISÃO E BLOQUEIO DE BENS


Resultado de imagem para mantega
Mantega arma um novo esquema para se blindar
Na agitada noite desta sexta-feira, quando a internet já fervilhava com a notícia de que o procurador federal Ivan Cláudio Marx pedira a absolvição do ex-presidente Lula da Silva e do banqueiro André Esteves (ex-BTG Pactual) no processo de obstrução da Justiça na compra do silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, a Agência Estado divulgava a informação de que o ex-ministro Guido Mantega  propôs um acordo ao Ministério Público Federal para colaborar com as investigações da Operação Bullish, que apura favorecimento bilionário ao grupo JBS no BNDES.
Como se sabe, Mantega foi o presidente do BNDES que deu partida na série de empréstimos e participações acionárias do banco estatal no grupo JBS, uma iniciativa até então jamais vista na longa trajetória da instituição financeira.
SEM DELAÇÃO – Segundo apurou a reportagem do Estadão, não se trata de um acordo de delação premiada, mas sim de um prosaico “termo de compromisso”. A defesa do ex-ministro propôs que ele esclareça alguns fatos investigados e colabore com as investigações. Em troca, Mantega não será alvo de um pedido de prisão preventiva nem terá seus bens bloqueados.
Esse tipo de acordo judicial não “ecziste”, como diria o padre Óscar Quevedo. A defesa de Mantega inventou essa possibilidade, tipo “termo de ajustamento de conduta”, para evitar que ele tenha de pedir delação premiada, a única chance que lhe resta para evitar processo, condenação e prisão na Lava Jato.
Mantega já chegou a ter sua prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, em 21 de setembro de 2016, mas foi avisado antes e seu advogado armou um plano perfeito. Mantega foi de madrugada para o Hospital Sírio-Libanês e quando a Polícia Federal chegou ele disse que sua mulher estava sendo operada de câncer. O advogado entrou em contato com o juiz Moro, que se compadeceu e relaxou a prisão. Mas era tudo mentira. A doença da mulher de Mantega está sob controle, ela apenas simulou um crise de gastrite e foi submetida uma simples endoscopia. Na verdade, ela estava tão bem que o casal tinha passagem marcada para a Europa na semana seguinte.
NOVA ARMAÇÃO – Exatamente um ano depois, o advogado José Roberto Batochio (ex-presidente da OAB e ex-deputado federal pelo PDT-SP) faz nova armação em favor de Mantega, desta vez junto com o mesmo procurador Ivan Cláudio Marx, que acaba de pedir a absolvição de Lula no caso Cerveró e no ano passado tentou evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O fato concreto é que o procurador Marx aceitou a proposta de Batochio e enviou o acordo de blindagem de Mantega para a 10ª Vara Federal de Brasília, cujo titular é o juiz Vallisney de Oliveira, uma espécie de Sérgio Moro em versão brasiliense. Vai ser muito difícil fazer com que o magistrado, que nasceu às margens do Rio Solimões, embarque nessa canoa furada.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Conforme já afirmamos aqui no blog, o procurador Ivan Marx está se revelando uma espécie de Gilmar Mendes (ou Marco Aurelio Mello, tanto faz) do Ministério Público. Daqui para a frente, não vai mais sair do noticiário. A estrela sobe, como diria o genial escritor Marques Rebelo. (C.N.)


04 de setembro de 2017
Carlos Newton

Nenhum comentário:

Postar um comentário