"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 10 de junho de 2017

DILMA/TEMER CITADO NA DELAÇÃO DO JBS, NAPOLEÃO MAIA NÃO DEVERIA PARTICIPAR DE JULGAMENTO NO TSE



Fosse o Brasil um país minimamente sério e com autoridades responsáveis, em especial no Judiciário, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), já teria sido afastado e não estaria participando no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do julgamento da chapa Dilma-Temer.

A Constituição Federal garante a presunção de inocência ao determina que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” (Artigo 5º, inciso LVII), mas quando o assunto é Justiça deve prevalecer o dito popular sobre Pompeia Sula, a mulher do imperador Julio César, a quem não cabia ser honesta, mas parecer como tal.

Não se trata de questionar a idoneidade de Napoleão Maia, mas o ministro foi citado na delação do JBS no âmbito da Operação Lava-Jato. 

Executivo do JBS, Francisco Assis Silva revelou aos procuradores da República, em depoimento de colaboração premiada, ter conversado com o advogado Willer Tomaz, preso na Operação Patmos, sobre a suposta interferência do ministro do STJ em favor do grupo. Napoleão Maia nega a grave acusação.

À Procuradoria-Geral da República, Assis Silva disse que o ex-advogado do JBS relatou sobre pedido de interferência feito a Napoleão Maia em decisão contrária a José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Celulose, no âmbito da Operação Greenfield. 
De acordo com o executivo do grupo empresarial, o advogado Willer Tomaz teria afirmado que o pedido fora atendido pelo ministro do STJ. Esse detalhe explosivo explica a insistência de Napoleão Maia, durante o julgamento no TSE, em demonizar as delações da Operação Lava-Jato.

Confira abaixo relato da conversa entre Francisco Assis Silva e o advogado Willer Tomaz:

Willer: “Olha, a decisão contra o Zé Carlos estava pronta segunda-feira. Eu consegui reverter. Pedi para o ministro Napoleão interferir. Ele interferiu e vai me dizer alguma coisa nos próximos dias.”


09 de junho de 2017
ucho.info

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