Fosse o Brasil um país minimamente sério e com autoridades responsáveis, em especial no Judiciário, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), já teria sido afastado e não estaria participando no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do julgamento da chapa Dilma-Temer.
A Constituição Federal garante a presunção de inocência ao determina que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” (Artigo 5º, inciso LVII), mas quando o assunto é Justiça deve prevalecer o dito popular sobre Pompeia Sula, a mulher do imperador Julio César, a quem não cabia ser honesta, mas parecer como tal.
Não se trata de questionar a idoneidade de Napoleão Maia, mas o ministro foi citado na delação do JBS no âmbito da Operação Lava-Jato.
Executivo do JBS, Francisco Assis Silva revelou aos procuradores da República, em depoimento de colaboração premiada, ter conversado com o advogado Willer Tomaz, preso na Operação Patmos, sobre a suposta interferência do ministro do STJ em favor do grupo. Napoleão Maia nega a grave acusação.
À Procuradoria-Geral da República, Assis Silva disse que o ex-advogado do JBS relatou sobre pedido de interferência feito a Napoleão Maia em decisão contrária a José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Celulose, no âmbito da Operação Greenfield.
À Procuradoria-Geral da República, Assis Silva disse que o ex-advogado do JBS relatou sobre pedido de interferência feito a Napoleão Maia em decisão contrária a José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Celulose, no âmbito da Operação Greenfield.
De acordo com o executivo do grupo empresarial, o advogado Willer Tomaz teria afirmado que o pedido fora atendido pelo ministro do STJ. Esse detalhe explosivo explica a insistência de Napoleão Maia, durante o julgamento no TSE, em demonizar as delações da Operação Lava-Jato.
Confira abaixo relato da conversa entre Francisco Assis Silva e o advogado Willer Tomaz:
Willer: “Olha, a decisão contra o Zé Carlos estava pronta segunda-feira. Eu consegui reverter. Pedi para o ministro Napoleão interferir. Ele interferiu e vai me dizer alguma coisa nos próximos dias.”
09 de junho de 2017
ucho.info
Confira abaixo relato da conversa entre Francisco Assis Silva e o advogado Willer Tomaz:
Willer: “Olha, a decisão contra o Zé Carlos estava pronta segunda-feira. Eu consegui reverter. Pedi para o ministro Napoleão interferir. Ele interferiu e vai me dizer alguma coisa nos próximos dias.”
09 de junho de 2017
ucho.info
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