Como só no Brasil existe Justiça Eleitoral, só aqui existem um Tribunal Superior Eleitoral e uma penca de tribunais regionais eleitorais. Inventada em 1932 por Getúlio Vargas, liquidada pelo próprio criador em 1935 e ressuscitada dez anos mais tarde, essa brasileirice sem similares consome milhões de reais para cuidar de eleições que, no resto do mundo, são organizadas por ramificações do Poder Executivo, ou comissões dissolvidas depois da contagem dos votos.
O julgamento da chapa Dilma-Temer revelou a extinção da Justiça Eleitoral produziria pelo menos duas consequências animadoras. Primeira: a gastança federal seria reduzida 7 bilhões de reais em 2017 ─ é esse o orçamento reivindicado pela usina de falatórios sem pé nem cabeça, chicanas de quinta categoria e gordos salários adicionais.
A dinheirama dissipada num ano sem disputas nas urnas alcançará altitudes mais impressionantes ainda mais. Isso num ano sem disputas nas urnas. Em ano de eleição, os cifrões encorpam consideravelmente.
A dinheirama dissipada num ano sem disputas nas urnas alcançará altitudes mais impressionantes ainda mais. Isso num ano sem disputas nas urnas. Em ano de eleição, os cifrões encorpam consideravelmente.
O segundo efeito colateral seria a queda na taxa de cinismo em Brasília, que sobe à estratosfera quando juízes sem juízo são vistos por milhões de espectadores decidindo se uma dupla de culpados merece apenas um retrato na galeria dos presidentes da República ou também fotos de frente e de perfil que registram o entrada na cadeia.
10 de junho de 2017
Augusto NunesVeja
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