Uma discussão entre o ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, e o vice-procurador Nicolao eleitoral Dino fez a sessão ser suspensa logo no início do voto do ministro Napoleão Nunes Maia. Gilmar prestou solidariedade ao desabafo de Nunes Maia, que se defendeu de citação em delação premiada.
“Vossa Excelência tem toda a solidariedade do tribunal. Nós reconhecemos sua plena integridade. E de todos os colegas, inclusive o do ministro Admar, que acaba de ter seu impedimento solicitado pelo Ministério Público, porque contribui para esse ambiente que está criando” — disse Gilmar a Nunes Maia.
INSINUAÇÃO – “São coisas bem diferentes” — respondeu Nicolao Dino. e Gilmar replicou: “Não são diferentes porque esses vazamentos que se fazem sabem de onde vem. Se conhece a fonte” — rebateu Gilmar, insinuando que é a Procuradoria-Geral da República que promove os vazamentos.
Pouco antes, o ministro Napoleão Nunes Maia discursou no início do seu voto e falou contra citações a seu nome em delações premiadas. “Me envolveram com a JBS, porque um infrator confesso da legislação, da ética e da moralidade faz uma delação premiada e, para receber benesses, menciona meu nome. Como se eu tivesse intervido junto a um juiz para alterar uma decisão contrária ao interesse de alguém. Pura mentira! Mentira eslavada, completa, sínica e sem vergonha”, disse, acrescentando: “Estou sendo desavergonhadamente prejudicado em minha posição. Estou na véspera da aposentadoria compulsória. E agora vêm essas pessoas desfazer uma reputação de 30 anos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com todo o respeito ao ministro, quem está destruindo sua reputação é ele próprio, ao defender acintosamente a chapa Dilma/Temer de crimes mais do que comprovados. O fato concreto é que alguns ministros estão jogando suas biografia na lata do lixo, para defender um presidente corrupto. Antes dessa discussão, o vice-procurador eleitoral Nicolau Dino fez um aparte e pediu o impedimento do ministro Admar Gonzaga. O presidente Gilmar Mendes contestou o pedido de Dino: “Não se pode agir coagindo o tribunal”, disse. O vice-procurador alegara que Admar foi advogado de Dilma Rousseff e não podia participar do julgamento, está impedido, na forma do Código de Processo Civil e da Lei Orgânica da Magistratura. Mas Gilmar e os outros ministros rejeitaram o pedido de impedimento, contrariando o que determina a legislação federal. É um escândalo atrás do outro, num julgamento cuja decisão já se conhecia antes de ser iniciado. Uma vergonha nacional e a desmoralização da Justiça. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com todo o respeito ao ministro, quem está destruindo sua reputação é ele próprio, ao defender acintosamente a chapa Dilma/Temer de crimes mais do que comprovados. O fato concreto é que alguns ministros estão jogando suas biografia na lata do lixo, para defender um presidente corrupto. Antes dessa discussão, o vice-procurador eleitoral Nicolau Dino fez um aparte e pediu o impedimento do ministro Admar Gonzaga. O presidente Gilmar Mendes contestou o pedido de Dino: “Não se pode agir coagindo o tribunal”, disse. O vice-procurador alegara que Admar foi advogado de Dilma Rousseff e não podia participar do julgamento, está impedido, na forma do Código de Processo Civil e da Lei Orgânica da Magistratura. Mas Gilmar e os outros ministros rejeitaram o pedido de impedimento, contrariando o que determina a legislação federal. É um escândalo atrás do outro, num julgamento cuja decisão já se conhecia antes de ser iniciado. Uma vergonha nacional e a desmoralização da Justiça. (C.N.)
10 de junho de 2017
Deu em O Globo
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