Respeitável público! Assim deveria ter começado sua fala o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, ao prefaciar o próprio voto na ação em trâmite no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que pede a cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder político e econômico.
Visivelmente irritado e à beira do transtorno comportamental, Napoleão Maia mostrou ao Brasil que ter passado trinta anos na magistratura foi um monumental equívoco. Afinal, um juiz que descontrola-se diante de notícias veiculadas na imprensa, ciente de que a lei pune aquele que faz afirmações sem a devida prova, não tem condições de vestir a toga e muito menos condenar ou absolver.
Incomodado com notícia que o relaciona à delação de executivos da empreiteira OAS, investigada na Operação Lava-Jato por participar do maior esquema de corrupção de todos os tempos, e a menção feita ao seu nome por um dos delatores da JBS, Napoleão, em momento colérico, citou um provérbio islâmico: “Com a medida que medem serão medidos, e sobre eles que caia a ira do profeta.”
Até a citação do provérbio nada de errado há, mas um magistrado que faz com a mão um gesto que sugere degola, como se quisesse dizer que degolados devem ser aqueles que o acusam, é no mínimo um ultraje ao cargo, até porque esse procedimento criminoso e cruel é típico do grupo terrorista “Estado Islâmico”.
Tomado pela ira, Napoleão Maia agradeceu ao presidente do TSE por usar o “palco” da Corte para rebater as acusações, mas é preciso reconhecer que o plenário do tribunal foi transformado em picadeiro, tamanha a extensão da palhaçada que alguns ousam chamar de julgamento.
Não contente com seu pífio e descontrolado espetáculo, Napoleão Maia, visivelmente alterado, voltou suas críticas à imprensa e disparou: “Não é jornalista quem faz isso. Se isso não terminar, o final não será bom”.
Ora, para quem tem a legislação vigente como principal ferramenta de trabalho, a ameaça do magistrado é descabida e merecedora da atenção especial por parte a Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pois é inaceitável que em pleno século XXI um juiz valha-se do cargo para intimidar desafetos. Mesmo assim, é importante destacar que cada país tem o Napoleão que merece
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