"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 8 de março de 2017

DEPUTADOS PREPARAM MANIFESTO PARA TIRAR JUCÁ DA PRESIDÊNCIA DO PMDB


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Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)
Deputados do PMDB divulgaram nesta terça-feira (7/3) a minuta de um manifesto pedindo que todos os dirigentes acusados de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato sejam afastados do comando nacional do partido. No documento, eles defendem a escolha de uma nova direção “isenta” e cobram que os novos dirigentes comecem “imediatamente” a discussão para escolha de um candidato do PMDB à Presidência da República em 2018.
“Deveriam se afastar do comando nacional do partido e de seus órgãos nacionais auxiliares todos aqueles sobre quem pesam acusações/factíveis no âmbito da operação Lava Jato, até para que os mesmos possam se dedicar a suas defesas”, afirma a carta, sem citar nominalmente os integrantes investigados da cúpula. O documento foi escrito pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) e assinado, por enquanto, por outros três deputados peemedebistas: Hildo Rocha (MA), João Arruda (PR) e Lúcio Mosquini (RO).
TRÊS ENVOLVIDOS – Ao menos três integrantes do comando do PMDB já foram citados na Lava Jato. O principal deles é o senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente nacional do partido. Além dele, foram citados nas investigações o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que é tesoureiro da legenda, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, que é presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ligada à sigla. Todos negam irregularidades.
“Quanto a permanência no governo, a mesma depende da confiança do presidente (Michel) Temer, que estabeleceu como linha de corte a aceitação de eventual denúncia (contra o integrante do governo) pelo STF (Supremo Tribunal Federal)”, afirmam os deputados na minuta da carta.
AVALIAÇÃO – No documento, os deputados pedem que a nova direção do PMDB “imediatamente” comece “uma avaliação entre os quadros do partido daqueles que, também completamente isentos, poderiam representar o partido nas próximas eleições presidenciais”. “É fundamental que avancemos neste sentido, até porque não é possível que ainda estejamos pensando em ser sócios de algum governo que aparentemente tenha mais chance do que nós de vencer as eleições”, dizem.
Ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real do Grupo Estado, Marun afirmou que pretende abordar a bancada do PMDB nesta terça-feira em busca de mais apoios à carta. A ideia inicial era entregar o documento a Jucá na quarta-feira (8/3), durante reunião da Executiva Nacional do PMDB, mas o deputado disse que isso ainda não está certo.
“Podemos adequar alguma coisa no texto, podemos ver o momento certo de avançarmos com isso. São todas coisas que vamos avaliar no dia de hoje”, afirmou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como se vê, estamos assistindo ao nascimento do PMDdoB, uma espécie de Partidão de linha conservadora e fisiológica, com apetite de Centrão, digamos assim. (C.N.)

08 de março de 2017
Correio Braziliense
Agência Estado

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