DELAÇÃO PODE ATINGIR INTEGRANTES DO JUDICIÁRIO E DO PRÓPRIO MP
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Cabral está preso desde novembro em Bangu 8, após ter sido alvo da Operação Calicute, um desdobramento da Lava-Jato.
Segundo reportagem do Valor Econômico, a delação pode atingir integrantes do Judiciário e do próprio Ministério Público.
Além de Cabral, outros políticos e empresários do Rio citados em investigações têm procurado o MPF para negociar acordos e evitar a prisão. No caso do ex-governador, as conversas estão na fase de elaboração de anexos, na qual ele apresenta a procuradores os fatos que está disposto a contar, divididos em capítulos. Cada anexo traz um resumo das pessoas a serem delatadas e dos relatos a serem feitos.
O material, posteriormente, é avaliado pelo Ministério Público, que decide se os dados são ou não relevantes o bastante para fechar o acordo de colaboração e conceder benefícios ao delator.
A decisão de Cabral por tentar uma delação foi motivada pelo prognóstico de uma pena de prisão muito alta, que poderia chegar a 50 anos, e pela notícia de que as provas contra ele seriam contundentes demais para que pudesse ser solto por meio de um habeas corpus, por exemplo.
A Operação Calicute revelou o esquema de cobrança de propina em obras durante a gestão de Sergio Cabral no Governo do Rio de Janeiro, entre 2007 e 2014. O ex-governador foi preso sob suspeita de ter recebido mesadas de até R$ 850 mil das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia. O peemedebista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
Além do ex-governador, diversos outros políticos e empresários do Rio citados em investigações têm procurado o Ministério Público para negociar acordos. O resultado será uma nova leva de denúncias, ampliando o foco da Lava Jato no território fluminense.
A corrida por novas delações no Rio inclui nomes proeminentes como o de Fernando Cavendish, dono da construtora Delta Engenharia.
O EX-GOVERNADOR FOI PRESO SOB SUSPEITA DE TER RECEBIDO MESADAS DE ATÉ R$ 850 MIL DAS EMPREITEIRAS ANDRADE GUTIERREZ E CARIOCA ENGENHARIA (FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO) |
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Cabral está preso desde novembro em Bangu 8, após ter sido alvo da Operação Calicute, um desdobramento da Lava-Jato.
Segundo reportagem do Valor Econômico, a delação pode atingir integrantes do Judiciário e do próprio Ministério Público.
Além de Cabral, outros políticos e empresários do Rio citados em investigações têm procurado o MPF para negociar acordos e evitar a prisão. No caso do ex-governador, as conversas estão na fase de elaboração de anexos, na qual ele apresenta a procuradores os fatos que está disposto a contar, divididos em capítulos. Cada anexo traz um resumo das pessoas a serem delatadas e dos relatos a serem feitos.
O material, posteriormente, é avaliado pelo Ministério Público, que decide se os dados são ou não relevantes o bastante para fechar o acordo de colaboração e conceder benefícios ao delator.
A decisão de Cabral por tentar uma delação foi motivada pelo prognóstico de uma pena de prisão muito alta, que poderia chegar a 50 anos, e pela notícia de que as provas contra ele seriam contundentes demais para que pudesse ser solto por meio de um habeas corpus, por exemplo.
A Operação Calicute revelou o esquema de cobrança de propina em obras durante a gestão de Sergio Cabral no Governo do Rio de Janeiro, entre 2007 e 2014. O ex-governador foi preso sob suspeita de ter recebido mesadas de até R$ 850 mil das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia. O peemedebista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
Além do ex-governador, diversos outros políticos e empresários do Rio citados em investigações têm procurado o Ministério Público para negociar acordos. O resultado será uma nova leva de denúncias, ampliando o foco da Lava Jato no território fluminense.
A corrida por novas delações no Rio inclui nomes proeminentes como o de Fernando Cavendish, dono da construtora Delta Engenharia.
O empresário pretenderia detalhar supostos pagamentos de propina a políticos do PMDB e do PSDB, relacionados a obras nos governos de diversos Estados.
Ele também narraria mais fraudes relacionadas a estatais como a Petrobras e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Segundo fontes ouvidas pelo Valor Econômico, as tratativas do Ministério Público com o empresário teriam endurecido recentemente.
Outro que tenta articular uma delação é Hudson Braga, ex-secretário de Obras de Cabral. No caso dele, um eventual acordo envolveria, além de outros temas, o relato de fraudes relacionadas à Assembleia Legislativa do Rio e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
30 de março de 2017
diário do poder
Outro que tenta articular uma delação é Hudson Braga, ex-secretário de Obras de Cabral. No caso dele, um eventual acordo envolveria, além de outros temas, o relato de fraudes relacionadas à Assembleia Legislativa do Rio e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
30 de março de 2017
diário do poder
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