"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Estrutura Criminosa continua intacta: Réunan sabe...

Hoje é Dia Nacional do Samba. Por isso, os brasileiros e brasileiras aproveitam para perguntar: quando os corruptos vão sambar? No Brasil, o tal “Estado Democrático de Direito” já dançou há muito tempo. O Crime Institucionalizado e a Corrupção Sistêmica nos transformaram em uma Oclocracia. Os bandidos fazem e descumprem a Lei, bagunçam a Ordem e inviabilizam a Paz Social. Só uma Intervenção Constitucional para solucionar os problemas estruturais. Sem uma Repactuação Política, Econômica e Legal, o Brasil caminhará para a desintegração.

A guerra aberta entre o Legislativo e o Judiciário vai longe. O Executivo fica no meio, rezando para o pior não sobre para seu lado, mas não tem como não sobrar. A delação premiada da Odebrecht – ferrando pelo menos 130 figurões da politicagem brasileira – exigirá uma total mudança de hábitos nas relações entre a máquina estatal e as empresas. No entanto, não adianta a empreiteira apenas pedir desculpas ou juras que suas práticas de negócios e controle vão mudar de verdade. Como a estrutura estatal brasileira continuará a mesma, dificilmente a corrupção será evitada e neutralizada.

A estrutura criminosa continua intacta no Brasil, e sem previsão de sofrer uma mudança real e objetiva, no curto prazo – a não ser que ocorra uma Intervenção Constitucional que reorganize a Federação e implante uma República de verdade. Até tal processo inevitável se concretizar, sobreviveremos em meio a um ambiente corrupto e violento. O agravamento da crise econômica, com a persistência da recessão, vai estressar ainda mais o modelo estatal falido, aumentando a tensão social.

A classe política não quer mudanças. Deseja apenas se adaptar, camaleonicamente, a uma situação que preserve seus interesses. Membros do Judiciário precisam definir, depressa, de que lado realmente estão: ou rompem com o status quo, apoiando uma repectuação constitucional (legal, política e econômica), ou continuarão no presente ritmo de mais do mesmo, enxugando gelo ou operando uma máquina que, efetivamente, não promove Justiça.

Já passou da hora das pessoas de bem serem mais ativas e inteligentemente ofensivas contra o crime. Não dá mais para ficar em cima do muro ou se esconder embaixo das togas. Se o Judiciário não exercer o papel moderador, surgirá algum outro poder, certamente emanando diretamente do povo, que cumprirá tal missão. Na História, não existe vácuo para a inação ou a incompetência no combate à canalhice.

Domingo ocorrerão protestos nacionalmente. Não serão movimentos gigantescos. No entanto, a qualidade das pessoas nas ruas será mais importante que qualquer quantidade que é mera massa. Juízes e promotores foram forçados a sair às ruas, nas portas dos tribunais, para se defender das garras dos canalhas no legislativo. Precisam voltar a fazer o mesmo em defesa da sociedade, e não apenas dos interesses corporativos ameaçados.

Ouvir um Réu-nan Calheiros, diante do juiz Sérgio Moro, pregar que a “operação Lava Jato é sagrada”, é apenas um sinal de que o cinismo da politicagem não tem limites. Chega de demagogia ou joguinho de palavras para a galera. As instituições brasileiras não são fortes. Elas estão corrompidas. Portanto, são frágeis. A atuação ineficaz ou criminosa delas fragiliza o Brasil. Estamos em plena Ditadura do Crime Institucionalizado.

Por isso, é preciso ficar bem claro: com as atuais e excessivas regras do jogo em vigor, o Brasil é uma terra institucionalmente inviável. Refundar o Brasil é imprescindível. Intervenção Constitucional, já!

Tranqüilidade do Réu-nam




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!



02 de dezembro de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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