"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

CHAMAM DE "ESPETÁCULO MIDIÁTICO COLETIVAS QUE ACONTECEM DESDE A 1ª.FASE

LAVA JATO SEMPRE FEZ ISSO, MAS AO ACUSAR LULA, O 'INIMPUTÁVEL'...
COLETIVA EM ABRIL: O PROCURADOR DELTAN DALLAGNOL EXPLICA MAIS UM PASSO DAS INVESTIGAÇÕES DA LAVA JATO. (FOTO: GERALDO BUBNIAK/AE)

A cada fase da Operação Lava Jato, nos últimos dois anos, desde março de 2014, a força-tarefa reúne a imprensa e concede coletiva para explicar detalhes das investigações, informando as razões das prisões, da motivação, das circunstâncias e se deixando crivar de perguntas de jornalistas. Em vez de o ritual democrático merecer destaque por tornar o processo transparente, passou a ser chamado de "espetacularização" quando os promotores convocaram nova coletiva para explicar as razões do indiciamento do ex-presidente Lula por crimes como corrupção.

Queiram ou não seus críticos, a Lava Jato avança e os dados do MPF provam isso. Já foram 1.397 procedimentos instaurados, 654 buscas e apreensões, 174 conduções coercitivas, 76 prisões preventivas, 92 prisões temporárias e 6 prisões em flagrante. Além disso, já foram 49 acusações criminosas contra 239 pessoas físicas. Até hoje já hoive 106 condenações na Lava Jato.

Mas, sempre que um investigado é denunciado, os pocuradores retomam a rotina das coletivas para explicar a iniciativa. Foi assim em 6 de maio deste ano, quando o ex-senador Gim Argello, o empresário Ronan Maria Pinto, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e nomes ligados às maiores empreiteiras do País, como Marcelo Bahia Odebrecht e Léo Pinheiros, da OAS, foram os alvos.
SÓ ESTA COLETIVA PROVOCOU REAÇÕES. Em 14 de maio, a situação se repetiu quando os ex-deputados Pedro Corrêa (ex-PP-PE), sua filha Aline Corrêa (PP-SP), André Vargas (ex-PT-PR) e Luiz Argôlo (afastado do SD-BA) foram denunciados.

A única coletiva que rendeu críticas à força-tarefa, inclusive do ministro-relator Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal STF), foi no caso da denúncia do ex-presidente Lula por lavagem de dinheiro e corrupção, no fim do mês passado. É como se Lula estivesse acima da lei, como se fosse inimputável.

Os petistas atacaram os procuradores e usaram primeiro a expressão 'espetacularização', adotada sem demora por setores que estavam ansiosos por um pretexto para fazer um gesto de solidariedade aos investigados por roubarem o País. 

Tudo porque Deltan Dellagnol voltou a explicar pedagogicamente, usando inclusive os recursos de powerpoint, para apresentar a denúncia e as ramificações do esquema criminoso ligado a Lula.

Além de criticar, os petistas e outros setores a serviço dos investigados que são contra a Lava Jato também descontextualizaram as frases da entrevista e disseminaram tópicos como "não temos provas, mas temos convicção", o que nunca foi dito. 
Nessa situação, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou nota repudiando o caso.

Até tu, Teori?
Já o ministro Teori Zavascki negou uma manobra pretendida pela defesa de Lula, que mais uma vez tentava fugir do alcance do rigoroso juiz federal Sérgio Moro, mas, em compensação, chamou de "espetáculo midiático" a entrevista coletiva habitual, que ganhou repercussão por atingir Lula, o "inimputável". A crítica do ministro mereceu mais destaque na imprensa do que sua decisão, negando a pretemsão do ex-presidente. Afirmou Zavascki em seu dstacho:


"Eu gostaria de fazer uma observação que parece importante: nós todos tivemos a oportunidade de verificar um espetáculo midiático de forte divulgação se fez lá em Curitiba não com a participação do juiz, mas com o Ministério Público e Polícia Federal, que se deu noticia de organização criminosa colocando presidente Lula como líder dessa organização criminosa. (...) Essa espetacularização do episódio não é compatível com aquilo que é objeto da denúncia nem com a seriedade que se exige na apuração desses fatos".


Investigados adoraram
Os investigados, é claro, aproveitaram para se associarem às críticas criticam a operação. Em 20 de setembro, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado e réu na Lava Jato, disse que a operação é um “avanço civilizatório”, mas que "precisa separar o 'joio do trigo' e acabar com o 'exibicionismo'".

Em agosto, o deputado Wadih Damous (PT-RJ), militante da defesa de correligionários acusados de corrupção, também foi na onda e fez uma crítica à Lava Jato e ao juiz Moro. 
“Quando iniciei na advocacia, o juiz só falava nos autos, não se manifestava. Estes tempos, para mim, são muito estranhos”, afirmou.

06 de outubro de 2016
diário do poder


NOTA AO PÉ DO TEXTO

A nação está cansada de tanto sofisma, de tanta empulhação, de tanto esforço que o submundo dos acusados, ou investigados, faz para estancar o avanço da operação Lava Jato.
Algumas personalidades, entre elas Lula, sempre que surge no centro do furacão, levantam-se vozes de todos os recantos da política e de algumas instituições em defesa, como se todos os argumentos e delações, além de comprovadas contradições do 'inocente réu', fossem invencionices de 'setores reacionários', ou de pessoas e investigações que apenas perseguem o dito cidadão.
E o caso 'rosegate' sepultado e do qual não se tem qualquer notícia?
Como grande parte da sociedade, quando interrogado sobre "por que até agora, quando todos ao redor de Lula já enfrentam prisões e Lula continua flanando por aí", ficamos sem uma resposta objetiva que explique o 'milagre' da impunidade.
Agora, assistimos no STF o ministro pronunciar-se acusando a Lava Jato de 'espetacularização' quando apresentou a nação o processo investigatório e o contexto que situa Lula no centro da corrupção.
Por quê? Que lógica orienta essa proteção? O que há nos bastidores que ainda não foi esclarecido ao país? Por que tamanha blindagem? 
Quem viver, saberá... Mesmo que demore um pouco, mas a verdade não pode permanecer oculta por muito tempo. É da sua natureza, procurar a luz...
m.americo

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