"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

STJ DECIDE QUE AFASTAMENTO DE PIMENTEL TEM DE SER AUTORIZADO PELA ASSEMBLÉIA


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Por oito votos a seis, a Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu nesta quarta-feira (5) que ação penal contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), só poderá ser aberta após autorização da Assembleia Legislativa mineira. O tribunal analisou um recurso impetrado pela defesa de Pimentel contra denúncia protocolada pela PGR (Procuradoria Geral da República) pelos supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro investigados na Operação Acrônimo, que apurou a relação do governador com o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, que mantém contratos com órgãos públicos em Brasília.
Segundo a investigação da Polícia Federal, que se baseou também em delação premiada feita por Bené, uma montadora de veículos, a Caoa, pagou R$ 2,1 milhões a duas empresas de Bené, que teria intercedido junto a Pimentel para beneficiar a empresa.
VOTO VENCIDO – A decisão do STJ contraria o voto do relator dos casos derivados da Operação Acrônimo no STJ, Herman Benjamin, que mencionou a inexistência, na Constituição estadual de Minas Gerais, da necessidade de prévia autorização da Assembleia.
Caso o relatório de Benjamin fosse aprovado pelos colegas ministros, Pimentel correria o risco de ser afastado do cargo logo após a abertura de uma ação penal. Os ministros não chegaram a analisar o conteúdo da denúncia contra o governador nem avaliar se deveria ou não ser aberta uma ação penal.
O voto divergente, que concedeu à Assembleia a decisão sobre autorizar ou não uma ação penal, foi aberto pelo ministro Luis Felipe Salomão e acompanhado pelos ministros Felix Fischer, Raul Araújo Filho, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, João Otávio de Noronha, Benedito Gonçalves e Humberto Martins.
ACOMPANHARAM – Os ministros que acompanharam do relator Benjamin foram Francisco Falcão, Maria Thereza de Assis Moura, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques e Nancy Andrighi.
Segundo o entendimento acompanhado pelos ministros favoráveis ao voto divergente do ministro Salomão, outros processos que miravam governadores de outros Estados só foram abertos com autorização das Assembleias estaduais. A Carta de Minas Gerais, porém, não continha a mesma previsão da dos outros Estados. Mas os ministros entenderam que o mesmo procedimento deveria prevalecer no caso de Minas, por extensão.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Pimentel é um dos governadores mais corruptos da história de Minas Gerais. Dificilmente será destituído pela Assembleia. Mas as provas abundam contra ele, a própria mulher Carolina Oliveira e o ex-amigo empresário Bené. Se o julgamento for na forma da lei, o governador será processado criminalmente. A amizade acabou, porque Bené fez delação premiada e contou quem é, na verdade, Fernando Pimentel, que é falso até na cabeleira postiça que ostenta. (C.N.)


06 de outubro de 2016
Rubens Valente
Folha

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