"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

RICARDO IZAR VAI RELATAR PROCESSO SOBRE JEAN WYLLYS NO CONSELHO DE ÉTICA

Deputado do PP será responsável por elaborar parecer sobre o episódio.
Processo vai apurar se Jean Wyllys quebrou decoro ao cuspir em Bolsonaro.


O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), escolheu nesta quarta-feira (5) o deputado Ricardo Izar (PP-SP) para ser o relator do processo contra Jean Wyllys (PSOL-RJ) instaurado nesta terça no colegiado.

O deputado do PSOL é alvo de processo disciplinar que apura se ele quebrou o decoro parlamentar ao cuspir em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em abril, no plenário, quando os parlamentares decidiam se dariam sequência ou não ao processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

A representação contra o deputado do PSOL foi protocolada pela Mesa Diretora atendendo a uma recomendação do corregedor-geral da Câmara, deputado Carlos Manato (SD-ES), que havia recebido seis pedidos de abertura de processo contra Jean Wyllys.

Manato, em seu parecer à Mesa, sugeriu como pena a suspensão do mandato do deputado do PSOL. Caberá ao Conselho de Ética, contudo, avaliar se o parlamentar quebrou ou não o decoro.
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Procurada pelo G1 nesta terça, a assessoria de Jean Wyllys afirmou que a atitude do deputado na ocasião foi motivada por "reiterados insultos e ofensas" de Bolsonaro.

A assessoria informou ainda que o deputado do PSOL aguardará o parecer do relator e confia que o voto será pelo arquivamento do processo.

Relatoria
Além de Ricardo Izar, compunham uma lista tríplice de possíveis relatores do caso os deputados Leo de Brito (PT-AC) e Zé Geraldo (PT-PA). Coube ao presidente do Conselho de Ética, portanto, a escolha de Izar para relatar o processo.

Conforme o regimento interno da Câmara, quando um pedido de abertura de processo é assinado pela Mesa Diretora, após designado o relator, a ação é admitida automaticamente pelo colegiado, diferentemente do que prevê o regimento quando partidos políticos protocolam a denúncia – nesse caso, os integrantes do conselho precisam votar pela admissibilidade ou rejeição do processo.

O regimento da Casa prevê ainda que o relator do processo não poderá ser do mesmo estado, partido, bloco parlamentar ou agremiação do acusado, como é o caso de todos os sorteados nesta terça.
O deputado Jean Wyllys (PSOL-SP) discursa durante sessão na Câmara, em abril (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Outro processo
Além do processo aberto nesta terça, Jean Wyllys também é alvo de outro pedido de cassação apresentado pelo PSC.

O partido acusa o parlamentar do PSOL de ter ofendido Bolsonaro e os deputados Marco Feliciano (PSC-SP) e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) ao dizer em uma rede social que o "discurso de ódio proferido por essas pessoas pode levar pessoas de bem a praticar atos de violência física contra membros da comunidade LGBT".

Segundo o G1 apurou, o relator deste processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), deve recomendar aos colegas o arquivamento da acusação contra Jean Wyllys referente à declaração na rede social. O parlamentar do PSB deve apresentar seu parecer prévio ao Conselho de Ética da Câmara nesta quarta-feira.


06 de outubro de 2016
G!-Brasilia

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