"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

15 MINUTOS DE FAMA...

Jair Bolsonaro ganha 15 minutos de fama na imprensa mundial

BRASÍLIA, DF, BRASIL, 17.04.2016. Deputado Jair Bolsonaro vota na sessão da Câmara dos Deptuados para votar o pedido de Impeachment da presidente Dilma Rousseff. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
Ao votar, Bolsonaro elogiou o torturador Brilhante Ustra




















Corre o mundo a declaração de voto do deputado e pré-candidato a presidente –já empatado com Geraldo Alckmin no Datafolha– Jair Bolsonaro, do PSC-RJ. 

A reportagem que mais ecoou foi do jornal inglês ” The Guardian”, descrevendo: 

“Numa noite sombria, pode-se dizer que o ponto mais baixo foi quando Jair Bolsonaro, o deputado de extrema direita do Rio, dedicou seu voto ‘sim’ a Carlos Brilhante Ustra, o coronel que chefiou a unidade de tortura do DOI-Codi durante a era ditatorial. Rousseff, ex-guerrilheira, estava entre os torturados”.
Sob o título “A insurreição dos hipócritas”, a alemã “Der Spiegel” foi pela mesma linha, dizendo que o Congresso mostrou sua “verdadeira cara” e colocou o Brasil em “robusta rota de direita” na votação.
“A maior parte dos deputados evocou Deus e a família na hora de dar o voto. Bolsonaro até defendeu, com palavras ardentes, um dos piores torturadores da ditadura militar”, acrescentou.
NA ARGENTINA
O argentino “Clarín” deu vídeo com a declaração e o enunciado “Bolsonaro votou pelo golpe de 1964 e pelos torturadores de Dilma”.
O econômico “Financial Times” falou não só da menção a Ustra, “chefe da polícia secreta durante a ditadura”, mas da cusparada que Bolsonaro recebeu de Jean Wyllys, “um dos poucos integrantes do Congresso abertamente gays”.
A alusão da presidente às “expressões de ódio e intolerância” e a Ustra, durante a entrevista aos correspondentes nesta terça (19), levou Bolsonaro de volta ao noticiário, de agências como a espanhola Efe ao “Guardian” .
NOS EUA
O “Washington Post” já havia destacado, nas manifestações do fim de semana, um jovem com camiseta estampada pela expressão “Bolsonaro presidente” e seu rosto.
Mas na terça o site da “Americas Quarterly”, do “think tank” Americas Society, de Washington, foi além, com uma longa análise intitulada “Jair Bolsonaro: pró-tortura, antigay e futuro presidente do Brasil?”

21 de abril de 2016
Nelson De Sá
Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário