Jair Bolsonaro ganha 15 minutos de fama na imprensa mundial
Corre o mundo a declaração de voto do deputado e pré-candidato a presidente –já empatado com Geraldo Alckmin no Datafolha– Jair Bolsonaro, do PSC-RJ.
A reportagem que mais ecoou foi do jornal inglês ” The Guardian”, descrevendo:
“Numa noite sombria, pode-se dizer que o ponto mais baixo foi quando Jair Bolsonaro, o deputado de extrema direita do Rio, dedicou seu voto ‘sim’ a Carlos Brilhante Ustra, o coronel que chefiou a unidade de tortura do DOI-Codi durante a era ditatorial. Rousseff, ex-guerrilheira, estava entre os torturados”.
Sob o título “A insurreição dos hipócritas”, a alemã “Der Spiegel” foi pela mesma linha, dizendo que o Congresso mostrou sua “verdadeira cara” e colocou o Brasil em “robusta rota de direita” na votação.
“A maior parte dos deputados evocou Deus e a família na hora de dar o voto. Bolsonaro até defendeu, com palavras ardentes, um dos piores torturadores da ditadura militar”, acrescentou.
NA ARGENTINA
O argentino “Clarín” deu vídeo com a declaração e o enunciado “Bolsonaro votou pelo golpe de 1964 e pelos torturadores de Dilma”.
O econômico “Financial Times” falou não só da menção a Ustra, “chefe da polícia secreta durante a ditadura”, mas da cusparada que Bolsonaro recebeu de Jean Wyllys, “um dos poucos integrantes do Congresso abertamente gays”.
A alusão da presidente às “expressões de ódio e intolerância” e a Ustra, durante a entrevista aos correspondentes nesta terça (19), levou Bolsonaro de volta ao noticiário, de agências como a espanhola Efe ao “Guardian” .
NOS EUA
O “Washington Post” já havia destacado, nas manifestações do fim de semana, um jovem com camiseta estampada pela expressão “Bolsonaro presidente” e seu rosto.
Mas na terça o site da “Americas Quarterly”, do “think tank” Americas Society, de Washington, foi além, com uma longa análise intitulada “Jair Bolsonaro: pró-tortura, antigay e futuro presidente do Brasil?”
21 de abril de 2016
Nelson De Sá
Folha
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