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Especialistas da Rússia e da China estudam a possibilidade de criar um sistema conjunto global de satélites em órbitas baixas.
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Rússia e China discutem criação de sistema global de satélites
Esta informação foi divulgada neste domingo (8) pelo diretor-geral da empresa Sistemas de Satélites de Informação, Nikolai Testoedov, no salão aeroespacial Dubai Airshow-2015.
A cooperação na criação de um sistema composto por mais de 100 satélites foi iniciada pelo lado chinês. Já foram realizados dois encontros. O projeto, denominado “Estrela da Felicidade”, permitirá o acesso à Internet em banda larga e a todos os serviços comerciais on-line.
O sistema espacial conjunto, caso Moscou e Pequim deem um forte impulso político para a cooperação tecnológica, irá ser instalado nas altitudes mais usadas, isto é, entre 200-300 e mil quilómetros da superfície da Terra.
Este espaço é ativamente usado pelos satélites militares, disse à Sputnik o diretor do Centro de Estudos Sociopolíticos, Vladimir Evseev.
“Os satélites nesta faixa costumam ser usados, se falarmos da área militar, para reconhecimento radiotécnico. Trata-se de sistemas destinados a efetuar a recepção de diverso tipo de sinais, bem como a varredura da superfície da Terra por radar. Se trata, em primeiro lugar, de satélites de reconhecimento de imagens. Por isso, a criação por parte da Rússia e a China de um agrupamento de satélites em órbitas baixas pode significar que os parceiros tomaram a decisão de cooperar de forma mais estreita na área do reconhecimento espacial”.
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Rússia e Venezuela assinam declaração conjunta sobre instalação de armas no espaço
Este diapasão de órbita é muito cómodo no sentido que se, em teoria, for preciso instalar armas no espaço, nesta zona os sistemas de ataque serão eficazes, porque estrão perto da superfície da Terra. Vladimir Evseev divulgou os pormenores:
“Em geral trata-se de meios de bombardeio cinético. Tais satélites podem ser usados tanto para golpes contra a Terra como para intercepção de vários tipos de alvos balísticos, assim como para a destruição do potencial inimigo… Em todo o caso, tal grupo [sino-russo] forçaria os EUA a serem mais adequados. Recentemente, durante a votação no comitê correspondente da ONU, os EUA junto com Israel, a Ucrânia e a Geórgia, manifestaram-se contra a aprovação da proposta russa sobre a interdição de instalação de armas no espaço. Parece que a criação deste sistema espacial conjunto sino-russo em órbita baixa será um bom sinal para os EUA acordarem para a nova realidade”.
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China lança novo satélite do seu sistema de navegação e posicionamento
A cooperação nesta área tem todas as chances de ter sucesso, opina o especialista da Universidade da China Oriental em Xangai Zhen Runyu:
“Na área aeroespacial a Rússia já forneceu à China uma grande colaboração tecnológica. Esta tornou-se uma ajuda exterior importante que ajudou a China a alcançar resultados avançados no estudo do espaço. É possível dizer que a China e a Rússia têm mecanismo bem organizados de cooperação no espaço. O lado russo tem muita tecnologia e pessoal experiente, que já se tornou uma tradição. Assim como tem um ambiente para o desenvolvimento duradouro desta área. Agora, no quadro da abertura dos mercados, a China tem necessidade disso e a Rússia tem tecnologias, isto é uma situação de vantagem mútua… ”.
Os especialistas sublinham neste aspeto que o avanço da Rússia e da China na criação deste sistema global de satélites dar-lhes-á vantagens colossais no mercado global de produtos e serviços da Internet. Em primeiro lugar trata-se da comercialização de novos serviços para os países da Ásia.
18 de novembro de 2015
sputnik
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