"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

CASSAÇÃO DE MANDATO NUNCA SEPAROU MEMBROS DE UMA MESMA CHAPA, DIZ GILMAR MENDES

MINISTRO DO TSE DIZ QUE CASSAÇÃO NUNCA SEPAROU TITULAR E VICE

VICE-PRESIDENTE MICHEL TEMER E PRESIDENTE DILMA: A AÇÃO É CONTRA OS DOIS. FOTO: LULA MARQUES/PT


O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta quarta-feira (18) não haver precedentes na Corte para separar membros de uma mesma chapa eleitoral em ação de cassação do mandato. A tentativa de separação pode ser usada pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB) em ação que pode impugnar a candidatura da coligação que o elegeu ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com o ministro, o tribunal julgou apenas casos em que foi possível separar os membros da mesma chapa porque um dos candidatos era inelegível. "Quer dizer: se o prefeito deu causa, ele tem os efeitos da inelegibilidade, mas o vice-prefeito não é atingido. Não se dá essa separação para fins da unidade de chapa", explicou Gilmar Mendes.

O ministro não descartou, no entanto, um novo entendimento, de acordo com a estratégia estudada pelo PMDB para escapar da cassação. "A toda hora nós temos renovação de jurisprudência a propósito dessa temática. Como se diz aí nas músicas, 'primeiro é preciso julgar para depois condenar'", ponderou Mendes, citando um trecho da música "Segredo", de Nelson Gonçalves.

Cassação

Em outubro, o TSE decidiu prosseguir com a ação contra o mandato de Dilma e de Temer. O processo investiga se houve abuso de poder político e econômico nas eleições de 2014. A relatoria do caso está nas mãos da ministra Maria Thereza de Assis Moura. A ação foi proposta pela coligação Muda Brasil, do tucano Aécio Neves.

Segundo a revista Veja, aliados de Temer admitiram que o vice-presidente tentará se salvar caso o TSE indique que irá condenar a coligação "Com a Força do Povo". A estratégia é destacar a independência de Temer em relação à atuação de Dilma durante a campanha.



18 de novembro de 2015
diário do poder

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