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Elaborado pelo Instituto para a Economia e Paz (IEP), de Sydney, o relatório revela que os militantes da Nigéria matam mais pessoas do que os seus aliados do Iraque e da Síria. Não que haja uma competição entre os dois movimentos extremistas: o Boko Haram jurou lealdade ao Estado Islâmico em março deste ano.
Segundo a pesquisa, os jihadistas africanos tomaram a vida de 6.644 pessoas em 2014, em comparação com as 6.073 vítimas fatais do autoproclamado califado islâmico no Oriente Médio. Juntos, os dois foram responsáveis por 51% de todas as mortes reivindicadas por grupos terroristas no ano passado, e por quase 40% de todas as mortes causadas pelo terrorismo global (incluindo baixas em campo de batalha, por exemplo).
Boko Haram e Estado Islâmico em números
O estudo mostra que o Iraque continua a ser o país mais impactado pelo jihadismo, com 9.929 mortes registradas em 2014, mas indica também um impressionante aumento de 300% no número de fatalidades sofridas pela Nigéria – embora outros grupos militantes, além do Boko Haram, sejam parcialmente responsáveis por essa escalada. Em particular, os militantes Fulani mataram 1.229 pessoas no país africano.
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Segundo a pesquisa, os jihadistas africanos tomaram a vida de 6.644 pessoas em 2014, em comparação com as 6.073 vítimas fatais do autoproclamado califado islâmico no Oriente Médio. Juntos, os dois foram responsáveis por 51% de todas as mortes reivindicadas por grupos terroristas no ano passado, e por quase 40% de todas as mortes causadas pelo terrorismo global (incluindo baixas em campo de batalha, por exemplo).
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O estudo mostra que o Iraque continua a ser o país mais impactado pelo jihadismo, com 9.929 mortes registradas em 2014, mas indica também um impressionante aumento de 300% no número de fatalidades sofridas pela Nigéria – embora outros grupos militantes, além do Boko Haram, sejam parcialmente responsáveis por essa escalada. Em particular, os militantes Fulani mataram 1.229 pessoas no país africano.
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O Estado Islâmico, por sua vez, matou mais gente em combate do que em atos de terrorismo. O grupo foi responsável por, pelo menos, 20.000 mortes no campo de batalha ao longo do ano, em confrontos diversos com combatentes estatais e não-estatais.
O Talibã, grupo mais mortífero de 2013, ficou em terceiro lugar em 2014, tirando a vida de 3.477 pessoas por meio de ataques terroristas. Apesar da queda no ranking, o número de vítimas ainda representou um aumento de 38% no histórico do grupo. Além disso, segundo o relatório do IEP, o Talibã continua a ser segunda força terrorista que mais mata em campo de batalha, atrás apenas do Estado Islâmico.
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O Talibã, grupo mais mortífero de 2013, ficou em terceiro lugar em 2014, tirando a vida de 3.477 pessoas por meio de ataques terroristas. Apesar da queda no ranking, o número de vítimas ainda representou um aumento de 38% no histórico do grupo. Além disso, segundo o relatório do IEP, o Talibã continua a ser segunda força terrorista que mais mata em campo de batalha, atrás apenas do Estado Islâmico.
© SPUTNIK/ ANDREI STENIN |
Comparado ao ano anterior, o número de mortes por terrorismo em todo o mundo aumentou 80% em 2014. Foram 32.658 vítimas, em comparação com 18.111 em 2013. Trata-se do maior número já registrado na história, sendo quase 10 vezes maior do que o do ano 2000, quando 3.329 pessoas foram mortas por terroristas.
De acordo com o estudo, 78% de todas essas mortes aconteceram no Afeganistão, no Paquistão, na Síria, no Iraque e na Nigéria, onde também ocorreram 57% de todos os ataques.
No entanto, a ameaça está se espalhando. O número de países que registraram mais de 500 mortes relacionadas ao terrorismo aumentou de 5 para 11 em 2014, com a adição da Somália, da Ucrânia, do Iêmen, da República Centro-Africana, do Sudão do Sul e de Camarões.
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De acordo com o estudo, 78% de todas essas mortes aconteceram no Afeganistão, no Paquistão, na Síria, no Iraque e na Nigéria, onde também ocorreram 57% de todos os ataques.
No entanto, a ameaça está se espalhando. O número de países que registraram mais de 500 mortes relacionadas ao terrorismo aumentou de 5 para 11 em 2014, com a adição da Somália, da Ucrânia, do Iêmen, da República Centro-Africana, do Sudão do Sul e de Camarões.
© MAXIM GRIGORYEV |
O relatório não inclui os ataques terroristas deste ano, como o massacre na sede do Charlie Hebdo, em janeiro, e os atentados simultâneos do último dia 13 de novembro, na França, ou o bombardeio do avião russo no Egito, em 31 de outubro, nem tampouco os últimos ataques massivos no Líbano ena Turquia.
Além da perda de vidas, diz o relatório, o terrorismo tem um alto custo econômico nos países afetados. Segundo o IEP, estimativas conservadoras afirmam que os danos causados por atividades terroristas em 2014 foram de U$ 52,9 milhões, um aumento de 61% em comparação com o ano anterior, e de 10 vezes em relação a 2000.
Cabe notar, entretanto, que a guerra ao terror continua a ser mais cara do que os danos diretos causados pelos terroristas. Estima-se que U$ 117 bilhões tenham sido gastos em âmbito global por países ansiosos para reforçar a segurança nacional contra ameaças de terrorismo.
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Além da perda de vidas, diz o relatório, o terrorismo tem um alto custo econômico nos países afetados. Segundo o IEP, estimativas conservadoras afirmam que os danos causados por atividades terroristas em 2014 foram de U$ 52,9 milhões, um aumento de 61% em comparação com o ano anterior, e de 10 vezes em relação a 2000.
Cabe notar, entretanto, que a guerra ao terror continua a ser mais cara do que os danos diretos causados pelos terroristas. Estima-se que U$ 117 bilhões tenham sido gastos em âmbito global por países ansiosos para reforçar a segurança nacional contra ameaças de terrorismo.
© AFP 2015/ SERGEI SUPINSKY |
Também se deve destacar, do
relatório, que 70% dos ataques cometidos no Ocidente desde 2006 são realizados por indivíduos se
ligação direta a um comando central, de maneira relativamente autônoma (os chamados “lobos
solitários”).
Além disso, é importante notar que 80% dessas mortes podem ser atribuídas ao extremismo de direita,
ao ultranacionalismo, ao supremacismo, a formas de extremismo antigovernamentais e a outros tipos
de ideologias políticas, em vez de recaírem unicamente no espectro do fundamentalismo islâmico.
18 de novembro de 2015
in sputinik
relatório, que 70% dos ataques cometidos no Ocidente desde 2006 são realizados por indivíduos se
ligação direta a um comando central, de maneira relativamente autônoma (os chamados “lobos
solitários”).
Além disso, é importante notar que 80% dessas mortes podem ser atribuídas ao extremismo de direita,
ao ultranacionalismo, ao supremacismo, a formas de extremismo antigovernamentais e a outros tipos
de ideologias políticas, em vez de recaírem unicamente no espectro do fundamentalismo islâmico.
18 de novembro de 2015
in sputinik
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