"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ESTEVES, DO BTG, AVALIZOU EMPRÉSTIMOS DE BUMLAI NO BNDES


Vejam que neste mar de lama e corrupção em que se afogam o PT e o governo, até as pedras se encontram. O último empréstimo conseguido no BNDES pelo empresário José Carlos Bumlai, o amigo de Lula que está preso desde esta terça-feira pela operação lava Jato, foi garantido pelo BTG, banco do grupo de André Esteves, que foi preso esta quarta-feira junto o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado.
Bumlai só conseguiu o empréstimo por influência do ex-presidente Lula. As normas do BNDES proíbem operações com empresas que estejam inadimplentes com o banco e já tenham sofrido pedido de falência na Justiça. Era justamente o caso da empresa São Fernando, gerida pelos filhos de Bumlai, que estava inadimplente com o BNDES e também com o Banco do Brasil.
Embora tenha sido flagrado com as calças na mão, como se dizia antigamente, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, continua insistindo que a operação foi “normal”, porque o Banco do Brasil e o BTG entraram como intermediários e avalistas. Acontece que a empresa de Bumlai já estava inadimplente também com o Banco do Brasil, que também jamais poderia ter autorizado o empréstimo.
Quanto à entrada do BTG como intermediário, a explicação está na ligação do banqueiro André Esteves com o governo e o PT, revelada agora com sua prisão pela Lava Jato. Esteves, que mantém negócios com o governo, participava da Sete Brasil, empresa no centro das investigações do esquema e que tinha Bumlai, o amigo de Lula, como lobista-mor.
Em janeiro de 2011, para agradar Lula, Esteves comprou por R$ 450 milhões os 37,4% do  PanAmericano que ainda estavam com Silvio Santos, que antes tinha passado 49% do banco pré-falido para a Caixa Econômica, uma negociata monumental determinada por Lula quando estava na Presidência.
“GRAVE, MUITO GRAVE”
O excelente repórter Valdo Cruz, da Folha, teve contato hoje com dois ministros do Supremo, que falaram com ele reservadamente. Um deles disse que a prisão de Delcídio e Esteves foi “grave, muito grave, mais grave do que vocês imaginam.” O Tribunal está reunido hoje reunião para tratar da nova fase da Operação Lava Jato. Outro ministro relatou à reportagem que praticamente não havia dormido nesta noite e repetiu o tom de gravidade do colega sobre as informações que levaram à decisão inédita na Lava Jato, de mandar prender um político no exercício do seu mandato e um banqueiro.
“Enquanto isto, a equipe da presidente Dilma, que ainda não havia se recuperado da prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, no dia anterior, buscava informações para repassar à chefe, no Palácio da Alvorada, sem saber quem mais, além de Amaral e Esteves, poderia ser atingido pela nova fase da Lava Jato. O temor é que alguém do governo ou outros nomes do PT possam estar citados nos pedidos de prisão da PF desta quarta-feira”, diz a reportagem da folha, acrescentando que, no mercado financeiro, o temor é de que a prisão do dono do BTG Pactual possa gerar fortes turbulências no mercado financeiro, que, até agora, estava fora das operações da Lava Jato.

27 de novembro de 2015
Carlos Newton

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