"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ASSIM NASCE MAIS UM PARTIDO NANICO...


A salada política do Congresso ganhou mais um ingrediente. Nasceu o Partido da Mulher Brasileira, a 35ª sigla registrada no Tribunal Superior Eleitoral. Apesar do nome, a legenda estreou com uma bancada 100% masculina. Tem sete deputados, todos homens.
“Eles vieram para ser cúmplices do nosso projeto”, diz a presidente do PMB, Suêd Haidar. Nos próximos dias, ela promete anunciar a filiação de duas deputadas, que se elegeram pelos nanicos PTC e PMN.
Suêd também vem de uma legenda pequena, o PT do B. Em 1998, ela disputou uma vaga de deputada estadual no Rio. Ficou em 334º lugar, com apenas 3.490 votos. Em 2006, tentou concorrer ao Senado pela mesma sigla, mas teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.
Perguntei se ela teme que o PMB seja visto como mais uma legenda de aluguel. “Isso nós jamais vamos admitir”, respondeu. “Agora, se nos chamarem de nanicos, eu não vou me incomodar”, acrescentou.
CONTRA O ABORTO
O estatuto do partido defende a “não submissão da mulher em relação ao poderio ainda dominante do homem brasileiro”. Isso não quer dizer que será solidário às bandeiras feministas. “Sou contra a legalização do aborto”, diz a dirigente. Dos sete deputados filiados, quatro são da Frente Parlamentar Evangélica.
Segundo a presidente, o PMB não tem opinião formada sobre os temas mais quentes em Brasília. Governo ou oposição? “Seremos independentes”, ela responde. Ajuste fiscal? “Vamos votar caso a caso”. Cassação de Eduardo Cunha? “Não temos nenhum posicionamento”.
A nova sigla já foi usada pelo empresário Silvio Santos, que tentou disputar a Presidência pelo extinto Partido Municipalista Brasileiro. Agora era cobiçada pelo deputado Capitão Augusto, que circula na Câmara de farda da PM. Ele queria registrar o Partido Militar Brasileiro, inspirado nas ideias do golpe de 1964, mas terá que escolher outro nome. “O PMB já é nosso”, diz Suêd.
27 de novembro de 2015
Bernardo Mello FrancoFolha

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