Reportagem de Eduardo Militão, no Correio Braziliense, revela que o governo pretende reagir à iniciativa de deputados da comissão especial da Câmara que preparam um novo Estatuto do Desarmamento, para permitir que mais pessoas comprem armas legalmente. Há duas semanas, técnicos reunidos no Ministério da Justiça fecharam uma minuta de decreto para tentar tornar a lei mais simples de ser cumprida pelos donos de armas, mas de forma que as regras — aprovadas em 2003 — não sejam mudadas, como avaliam que pode acontecer caso o relatório do deputado Laudívio Carvalho (PMDB-MG) seja aprovado na reunião da comissão, nesta quarta-feira.
O fato é que o Planalto não quer melhorar nada, apesar de a lei atual ser uma idiotice sesquipedal. Se tivesse juízo, o governo deveria desistir de manter uma legislação que chega ao ponto de dificultar que o policial aposentado ou o militar da reserva tenham uma arma e possam portá-la. Motivo: é tão cara a licença e há tanta burocracia a ser cumprida que os policiais e militares acabam desistindo.
DAR EXEMPLO
O delegado aposentado Manoel Vidal, ex-chefe de Polícia do RJ, é um dos que não andam mais armados, mas lamenta esses obstáculos criados pelo governo do PT.
“Quando minha turma se formou na Academia de Polícia, muitos dos novos delegados não queriam andar armados, para dar exemplo à população. Houve uma assembléia para discutir o assunto, acabamos decidindo que não podíamos deixar de portar arma, porque somente assim poderíamos enfrentar a criminalidade mesmo quando não estivéssemos a serviço. Hoje em dia, se eu passar na rua e me deparar com assaltantes e homicidas em ação, nada poderei fazer, não poderei agir e evitar vítimas inocentes, pois não tenho mais porte de arma”, relata o dr. Vidal, um dos mais respeitados delegados da Polícia do Estado do Rio.
ESQUECERAM DE COMBINAR
Embora tenha havido um plebiscito em 2005, que decidiu contra o desarmamento, o governo Lula simplesmente desconheceu a vontade da maioria da população e aprovou o Estatuto. Com isso, deixou as pessoas de bem à mercê dos criminosos, que facilmente conseguem comprar armas de grosso calibre, granadas e tudo o mais. Recentemente, aliás, foi até reconhecido o direito de qualquer pessoa portar facas sem ser presa, vejam a que ponto chega a insensatez desses governantes.
Na verdade, o Brasil está querendo inovar a legislação mundial e age de forma irresponsável. Em qualquer país civilizado, o cidadão tem o direito de possuir uma arma em casa, para proteger sua família e seus bens. É um conceito básico de cidadania, que tem como exemplo mais eloquente a Suíça, nação com maior número de armas por habitantes, e que tem criminalidade baixíssima, praticamente inexistente.
No Brasil, ao contrário do que se pensava, o Estatuto do Desarmamento não diminuiu a violência nem o crime. Pelo contrário, o Brasil é hoje o país com maior número de homicídios, porque o governo tomou as armas dos cidadãos de bem, mas esqueceu de combinar com os bandidos.
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PS – Os parlamentares que lutam pelo direito de o cidadão ter condições de se defender são ridicularizados e chamados de “bancada da bala”. É uma inversão de valores inacreditável. Mas quem se interessa?
PS – Os parlamentares que lutam pelo direito de o cidadão ter condições de se defender são ridicularizados e chamados de “bancada da bala”. É uma inversão de valores inacreditável. Mas quem se interessa?
04 de outubro de 2015
Carlos Newton
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