"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 4 de outubro de 2015

ELE & ELA - SOCIEDADE ANÔNIMA

Depois das revelações do ex-deputado Pedro Corrêa não resta a menor dúvida de que o Exu de Garanhuns era o chefe supremo da quadrilha que assaltava a Petrobras. Parceiro do ex-presidente na criminosa empreitada desde a época do mensalão, Corrêa gozou um bom período de férias na cadeia e agora com a ampliação da operação Lava Jato chega-se novamente a ele levando-o a pensar em ser o primeiro político a aderir a uma delação premiada para não apodrecer na cadeia.

Terminado o segundo mandato do Exu e a consequente ascensão da criatura, a roubalheira continuou a todo vapor na maior empresa brasileira. O volume de dinheiro surrupiado da estatal cresceu tanto a ponte de começar uma briga entre duas facções do Partido Progressista (PP) pela distribuição do butim. A quadrilha liderada por Pedro Corrêa e Nelson Meurer se confrontava com a quadrilha liderada por Agnaldo Ribeiro e Artur Lira, esse último, vê se pode, é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Para que a podridão dentro do partido não ultrapassasse os muros, foi convidada como mediadora do arranca rabo nada mais nada menos que a presidente da República Federativa do Brasil, a dona Dilma Vana Rousseff, que por sua vez convocou a então ministra das Relações Institucionais, a eclética Ideli Salvatti, e o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência e cúmplice do crime do prefeito Celso Daniel, Gilberto Carvalho, para que procurassem, na Petrobras, Paulo Roberto Costa, distribuidor de dinheiro roubado, e restabelecessem os pagamentos ao grupo do então deputado Corrêa.

Após cumprida a ordem da Presidente, a paz voltou a reinar no sub mundo do crime organizado.


04 de outubro de 2015
Humberto de Luna Freire Filho

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