Vinte pessoas foram detidas por portar morteiros e soco inglês; não há registro de confusão
Veja a galeria completa Usando camisetas verdes e amarelas, os manifestantes foram apoiar o ato contra a presidente Dilma e o PT PAULO LOPES / ESTADÃO CONTEÚDO |
Um protesto contra o governo organizado pelas redes sociais reuniu cerca de 1 milhão de pessoas na avenida Paulista, região central de São Paulo, na tarde deste domingo (15). A estimativa foi divulgada pela Polícia Militar às 15h40. Já o Instituto Datafolha estima que 210 mil pessoas tenham passado pelo ato em algum momento do dia.
Três grupos são responsáveis pela organização do ato, MBL (Movimento Brasil Livre), Revoltados Online e VemPraRua. Embora o impeachment não estivesse na pauta do maior deles, o VemPraRua, grande parte dos manifestantes pede o fim do governo petista. "Fora Dilma" e "Fora Lula" são as frases mais gritadas no ato.
A concentração, marcada para as 14h, começou por volta das 10h. No horário marcado, os manifestantes já ocupavam um dos lados da via. Um carro de som foi estacionado na esquina entre a avenida Paulista e a rua Pamplona. De lá, as lideranças pediram uma salva de palmas para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que estava acompanhado de sua esposa.
Em seguida, os líderes puxaram um coro afirmando que a manifestação é "suprapartidária" e deram início a gritos de "PT roubou" e "eu vim pra rua para protestar contra essa corja que não para de roubar".
Prisões
Por volta das 16h50, 20 pessoas do grupo "Carecas do Subúrbio" foram detidas porque portavam 37 morteiros, soco inglês, máquina de choque e gás pimenta, de acordo com a Polícia Militar. Eles foram levados ao 2º Distrito Policial.
Outras quatro pessoas foram presas e levadas ao 78º DP, dois homens e duas mulheres. De acordo cum a polícia, uma das mulheres foi detida por furto e outra por ato obseno. Um dos homens foi preso por soltura de rojão e o outro por roubo.
Manifestantes
Segundo a representante do MBL Janaína Lima, de 30 anos, o movimento não pede o impeachment da presidente, mas é a favor da democracia contra a corrupção.
— O MBL está nas ruas contra o aparelhamento criminoso do Estado e contra a corrupção.
Uma das manifestantes era a advogada Priscila Fonseca, de 31 anos.
— Estou aqui para protestar contra a corrupção no geral. O Brasil precisa acordar. Mas o PT é o partido que está ligado a tudo isso.
Para Priscila, que é a favor do impeachment, "Dilma estava ciente do esquema de corrupção na Petrobras que vem sendo investigado pela Polícia Federal desde o início".
Sobre a reforma política, que foi tema da marcha a favor do governo na última sexta-feira, ela disse que "essa parte é a mais complicada para opinar".
— Tem que ter uma coisa transparente para não ocorrerem casos de corrupção de novo.
Transportes
De acordo informações passadas pelo Metrô por volta das 15h30, a cada dois minutos chegavam 4.000 pessoas para o ato. A estação Trianon Masp chegou a ser fechada devido ao excesso de usuários, mas foi liberada pouco tempo depois. Os trens da Linha 3 — Vermelha operaram com velocidade reduzida. O Metrô recomenda que, na volta da manifestação, os usuários usem as estações Consolação e Brigadeiro.
16 DE AGOSTO DE 2015
R7
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