Agentes da Abin (a Agência Brasileira de Inteligência) integrados ao esquema de segurança dos Jogos Olímpicos vão monitorar neste domingo o protesto contra a presidente Dilma Rousseff na praia de Copacabana, zona sul do Rio.
A manifestação contra o governo está marcada para às 11h, no Posto 5 da orla de Copacabana. A mobilização política alterou o horário da competição de ciclismo –classificada como evento-teste pelo comitê olímpico Rio 2016 – que teve a largada antecipada das 9h30 para 8h30.
O ponto de chegada, que antes seria no mesmo local da partida, foi transferida para a praia de São Conrado, zona sul do Rio. A própria Abin sugeriu estas alterações ao comitê organizador dos Jogos.
JUSTIFICATIVA
Frank Márcio de Oliveira, superintendente da Abin no Rio, justificou à Folha a razão de ter agentes no meio da manifestação deste domingo.
“O protesto não é uma ameaça. Mas pode haver algum ato de hostilidade contra o evente-teste (organizado no mesmo local). Por isso, o uso de agentes de campo. Prefiro chamá-los de ‘agentes espectadores’. O termo infiltrado é pejorativo”, disse o representante da agência.
O trabalho dos agentes infiltrados é amparado por lei. No entanto, os mesmos devem somente observar, coletar informações e transmiti-las.
Em julho de 2013, um agente da Abin, identificado como Igor Matela, foi preso por desacatar policiais militares durante um protesto no Leblon, zona sul do Rio.
Ele estava com a namorada, Carla Hirt, que segundo a polícia atirava pedras na vitrine de uma loja. Segundo Oliveira, o agente foi absolvido em uma sindicância, onde teria sido comprovado que ele não participou dos atos de depredação. “Foi tudo um mal-entendido”, disse.
16 de agosto de 2015
Bruna Fantti
Folha
Folha
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