Não pensem que existe alguma disputa pelo ministério da Fazenda. Não. Nenhum economista sério quer assumir a herança maldita de 12 anos de PT, pois o País está “à beira de um abismo”.
O PT aparelhou de tal forma o Estado para comprar quatro eleições que não há espaço para fazer as despesas geradas sem colocar o País em uma enorme crise, com corte inclusive na Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, Pronatec e outros programas.
Embora a presidente Dilma Rousseff tenha prometido “olhar com lupa” os gastos da máquina pública para promover cortes, essa decisão não será simples.
O governo tem hoje um universo de cerca de R$ 56,8 bilhões, em que poderia promover cortes no chamado custeio da máquina.
Só que a própria presidente Dilma deixou claro que também não está disposta a diminuir o número de ministérios, o que poderia gerar economia de cargos nomeados politicamente, gratificações, despesas com terceirizados e estrutura física de cada um.
Segundo dados do Siafi, de janeiro a outubro, os gastos em custeio chegam a R$ 615,67 bilhões, sendo que apenas R$ 56,8 bilhões, ou 9,22% do total, são efetivamente passíveis de corte. Isso porque mesmo as despesas livres do governo já são hoje, na sua maioria, comprometidas com pagamentos sociais.
DESPESAS CORRENTES
Esse espaço para corte de R$ 56,8 bilhões equivaleria a 1,1% do PIB, mas os especialistas dizem que não se pode simplesmente acabar com todos esses gastos de custeio dos ministérios de uma só vez. Embora agora a presidente fale em cortar, o problema dos gastos públicos é que o governo vem aumentando, ano a ano, essas chamadas despesas correntes — especialmente com pagamento de benefícios sociais e previdenciários, onde não se pode cortar.
O levantamento no Siafi foi feito pelo economista Mansueto Almeida, que integraria a equipe econômica de Aécio Neves se o tucano tivesse sido eleito presidente. Foram retirados dos R$ 615,67 bilhões gastos em custeio todas as despesas com as funções sociais — Previdência, Saúde, Educação, Trabalho, Bolsa Família e Assistência Social — e ainda as transferências constitucionais e pagamentos de precatórios judiciais, bem como o custeio dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Então se chegou aos R$ 56,8 bilhões.
14 de novembro de 2014
Vitor Vieira
Vide Versus
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