Petrolão: Operação Lava-Jato levará o governo de Dilma Rousseff à ruína, avalia líder do PPS
Líder do PPS na Câmara dos Deputados e membro da CPMI da Petrobras, Rubens Bueno (PR) afirmou nesta sexta-feira (14) que os desdobramentos da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, levarão o governo da presidente Dilma Vana Rousseff (PT) à ruína.“Se confirma uma previsão que ela não queria ver realizada: não vai sobrar pedra sobre pedra. Dessa vez, ao contrário do que fizeram após o Mensalão, será impossível reconstruir o castelo da corrupção”, provocou o parlamentar.
Nesta sexta-feira, a PF prendeu o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, acusado de ser o responsável por garantir 3% de propina dos contratos da estatal para o Partido dos Trabalhadores, além de diversos executivos e funcionários de empreiteiras, em uma operação que põe abaixo os pilares da organização criminosa.
A ciranda de corrupção operada por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, e pelo doleiro Alberto Youssef, movimentou muito mais do que os R$ 10 bilhões inicialmente anunciados.
Para o deputado Rubens Bueno, a ação da Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Justiça, também desmantela a manobra do Palácio do Planalto para impedir o avanço dos trabalhos da CPMI da Petrobras. “Operação desmoraliza o comando da CPMI da Petrobras que se negou a votar convocação de ex-diretor preso nesta sexta-feira pela Polícia Federal.
Quero ver o que o presidente e o relator vão falar na próxima semana”, cobrou o líder do PPS, que é autor de requerimentos de convocação e quebra de sigilos de Duque e das empreiteiras investigadas no escândalo.
A instalação de uma nova CPI em 2015, avalia Rubens Bueno, será fundamental para punir os políticos envolvidos no petróleo. “A parte criminal está sendo realizada com eficiência pelo comando da operação Lava Jato. Cabe a nós, no Congresso, investigar em uma CPI os políticos e, após a conclusão das investigações, encaminhar os devidos pedidos de cassação de mandato para o Conselho de Ética”, defendeu o deputado.
Fosse pouco, executivos de empreiteiras, na tentativa de desfazer o rastro do dinheiro imundo, criaram empresas de fachada com pessoas próximas e usaram outras em nome de parentes. É o caso do vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, que para receber R$ 1 milhão do esquema usou a empresa da própria mulher, a cubano-brasileira Mylene Ribeiro Quian Leite.
Há no escopo da investigação da Operação Lava-Jato, que só foi possível por causa das denúncias do empresário Hermes Magnus e do editor do UCHO.INFO, informações precisas sobre o paradeiro de alguns dos envolvidos que encontram-se foragidos, assim como dados sobre empresas e imóveis no exterior em nome dos alarifes.
No ensolarado e sempre cobiçado estado da Florida, nos Estados Unidos, há muitas propriedades registradas em nome de laranjas que servem de escudo para os criminosos partícipes do Petrolão.
14 de novembro de 2014
ucho.info
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