A todo momento alguém é acusado de fascista, sem que realmente se saiba do que está se falando.
O fascismo constitui uma das teorias político-filosóficas mais eficazes já criadas no mundo. Reconhecê-lo não significa apoiar seus males, mas identificar as fragilidades para combater sua nocividade.
A doutrina se apresenta como um movimento nacionalista de massa via adesão multiclasse, formando uma liga que consolida os interesses de qualquer corporação, fazendo crer que união de pessoas em defesa de seus direitos individuais se tornem uma frente forte e invencível. É aí onde mora a sua falácia.
Na prática, o que acontece é que, enquanto sindicatos, corporações, associações e entidades de classe e unem em defesa de seus afiliados, e eles se unem entre si, o Estado e as famílias afortunadas (de poder ou dinheiro) adquirem em seu benefício a capacidade de comprar as pessoas no atacado, através dos pelegos representantes, até negando determinados direitos aos outros cidadãos, sob argumento que os direitos reivindicados por eles são privativos, e não coletivos.
Na Europa e em outros países está voltando o fascismo com grande força, criando grandes feudos, cartórios e dinastias. No caso do Brasil, não creio em uma economia que enche o Estado de servidores, patrocina a agiotagem oficial e desencoraja a produção, as artes e os ofícios.
E não são legítimos todos os movimentos de categorias agrupadas, porque o que lhe conferiria legalidade é justamente sua interseção com a coletividade, e nem sempre com o Estado. Mas no Brasil, o Estado, muitas vezes, continua sendo usado por interesses privados, corporativos e feudais.
A ciência diz que, nos umbigos são onde estão a maior concentração de DNA. Talvez seja por isso que a hereditariedade e o corporativismo sejam tão fortes nas opções políticas do cotidiano no Brasil.
César Cavalcanti
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