"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 12 de abril de 2014

ANALISTAS POLÍTICOS AFIRMAM QUE PARTICIPAÇÃO DE CAPRILES EM REUNIÃO DE PAZ É BOM PARA REGIME COMUNISTA VENEZUELANO


O opositor Henrique Capriles durante a reunião de diálogo da oposição com o governo. No momento em que faço esta postagem a reunião ainda está acontecendo, segundo me informam desde a Venezuela, pelo Twitter. A reunião está sendo transmitida em cadeia de rádio e televisão, já que o governo controla todas as emissoras obrigando-as a transmitir as tais "cadenas". 
O líder opositor venezuelano Henrique Capriles assume um grande risco ao participar nos ‘diálogos de paz’ convocados pelo regime de Nicolás Maduro, ao envolver-se numa situação que poderia erodir ainda mais seu capital político por participar num processo que não irá a nenhum lugar, segundo advertem diversos analistas políticos ouvidos pelo jornal El Nuevo Herald. A reportagem é assinada pelo jornalista Antonio Maria Delgado, expert em América Latina, cujos primeiros parágrafos reproduzo em tradu,ção livre do espanhol e, abaixo, no original com link para leitura completa.
 
Diz a reportagem que os especialistas consultados asseguram que o diálogo é apenas um evento para fotografia, que não poderá deter o crescente descontentamento que se está acumulando contra o regime de Maduro, nem a feroz repressão empreendida por seu regime, que já deixou um saldo de 39 mortos, mais de 600 feridos e mais de 2.200 detidos.
 
“O que está se passando na Venezuela adquiriu vida própria. O protesto, a resistência que já chega a dois meses na Venezuela, não têm a liderança de Capriles e nem é conduzido por ele e nem pela Mesa de Unidade Democrática (MUD)” [que reúne os partidos de oposição contra o chavismo], disse em Miami ( EUA) o analista político Rafael Revilla.
 
O assesor político Orlando Viera-Blanco coincidiu na sua análise com Revilla: “Maduro não poderá superar a crise com esse diálogo - sustentou Viera-Blanco desde Miami. “No momento, o que poderia ganhar é uma espécie de trégua espontânea, para respirar, que não passa de 48 horas.”
 
Capriles e a MUD, em troca, poderiam ver-se prejudicados politicamente entre os setores da oposição, ao ver-se demasiados dispostos a dar a mão a Maduro, disse Viera-Blanco
 
“A MUD converteu-se no operador político de menos prestígio segundo as últimas pesquisas”, observa o analisar Viera-Blanco.
O governo da Venezuela e a oposição acordaram terça-feira sentar-se à mesa para conversa numa reunião pública que ocorreu nesta quinta-feira.
 
Mas segundo os analistas, Capriles podereia estar fazendo o papel de bobo útil ao envolverse num processo que por um lado está condenado ao frcasso, e que por outro, somente beneficia o governo.
 
“O diálogo é uma legitimação para Maduro, que havia perdido a legitimidade internacional e este proecesso lhe permite recuperá-la. Lhe permite voltar a exibir um critério de que é democrático e que tem legitimidade para governar, o que havia perdido com a violação dos direitos humanos”, disse Antonio De La Cruz, diretor executivo da empresa de assessoria Inter American Trends, em Washington.
 
Transcrevo a primeira parte da reportagem de El Nuevo Herald no original em espanhol com link para leitura completa. Leiam:
 
EN ESPAÑOL - El líder opositor venezolano Henrique Capriles asume un gran riesgo al participar en los diálogos de paz convocados por el régimen de Nicolás Maduro, al involucrarse en una situación que podría erosionar aún más su capital político a cambio de participar en un proceso que no va a ninguna parte, advirtieron analistas.
 
Los especialistas consultados aseguraron que el diálogo que se inicia el jueves en Caracas es solo un evento de fotografía, que no podrá detener el creciente descontento que se está acumulando en contra del régimen de Maduro, ni la feroz represión emprendida por su régimen, que ha dejado un saldo de 39 muertos, más de 600 heridos y más de 2,200 detenidos.
 
“Lo que está pasando en Venezuela ya adquirió vida propia. La protesta, la resistencia que lleva 60 días en Venezuela, no la están conduciendo Capriles, ni la Mesa de la Unidad Democrática [MUD]”, dijo en Miami el analista político Rafael Revilla.
 
El asesor político Orlando Viera-Blanco coincidió.
“Maduro no va a poder superar la crisis con ese diálogo”, sostuvo Viera-Blanco también en Miami. “Por lo pronto, lo que podría ganar es una especie de tregua espontánea, de respiro que no pasa de 48 horas”.
 
Capriles y la MUD, en cambio, podrían verse perjudicados políticamente entre los sectores de la oposición, al verse demasiado dispuestos a darle una mano a Maduro, dijo Viera-Blanco.
“La MUD se ha convertido en el operador político de menos prestigio según las últimas encuestas”, señaló.
 
El otrora candidato presidencial de la oposición aseguró que acudirá el jueves al diálogo, en un mensaje en el que también les pidió a los venezolanos a ver la transmisión en cadena de radio y televisión, porque pretende tomar la oportunidad para hablar con la verdad en la mano.
 
“Yo voy mañana (jueves) a defender la verdad […] Mañana (jueves) todos vean la cadena porque les aseguro que si esa reunión es en Miraflores cuando nos toque hablar temblará Miraflores, porque le diremos al gobierno la verdad”, dijo Capriles en un acto público.
 
El gobierno de Venezuela y la oposición acordaron el martes sentarse a conversar en una reunión que será pública y contará con la presencia de tres cancilleres de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) y a la que también se extendió una invitación al Vaticano para ser “testigo de buena fe”.
Pero, según los analistas, Capriles podría estar jugando el papel del tonto útil al involucrase en un proceso que por un lado está condenado al fracaso, y que por el otro, solo beneficia al gobierno.
 
“El diálogo es una legitimación para Maduro, que había perdido legitimidad internacional y este proceso le permite recuperarla. Le permite volver a montarse sobre un criterio de que es democrático y de que tiene legitimidad para gobernar, lo que había perdido con la violación de los derechos humanos”, dijo Antonio De La Cruz, director ejecutivo de la firma de asesores Inter American Trends, en Washington.
 
 
12 de abril de 2014
in aluizio amorim

Nenhum comentário:

Postar um comentário