O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), reagiu ao rompimento do PT com a sua administração levando para o governo dois partidos que, no Rio, vão se alinhar com a candidatura do tucano Aécio Neves: o Solidariedade e o PSD.
O primeiro, presidido pelo deputado Paulinho da Força (SP), já anunciou que caminhará mesmo com o senador mineiro. O PSD, de Gilberto Kassab, vai apoiar a presidente Dilma, mas não no Rio (é o lado PMDB da legenda). O comandante do partido no estado é Índio da Costa, ex-DEM e ex-candidato a vice na chapa encabeçada pelo PSDB em 2010 — contra Dilma.. Ele já anunciou que apoiará Aécio.
É sinal de que Cabral pode romper com Dilma e se alinhar com a oposição? Ninguém aposta muito nisso, embora o governador não esteja nada feliz. E, obviamente, tem seus motivos. No tempo em que ele trafegava lá nas alturas, os petistas o tratavam a pão de ló. Não custa lembrar que ele era cotado até para ser um possível vice numa segunda candidatura de Dilma. Aí chegaram as jornadas de junho, e o governador do Rio foi quem mais sofreu com elas. Nenhum outro político, exceção feita a Fernando Haddad, sofreu desgaste tão grande — para não se recuperar depois.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) vinha correndo por fora. Ninguém apostava muito. O próprio Cabral apostou que, na hora h, Lula daria um de seus murros na mesa e decidiria: “Vamos nos alinhar com Pezão, do PMDB”. Não desta vez. Quando o partido sentiu o cheiro de carne queimada, pulou fora. Os petistas não estão exatamente os animais políticos mais leais — a não ser lá entre eles. E, ainda assim, desde que o vivente cumpra as vontades de quem decide.
Deixar o governo Cabral nessa fase tem o inequívoco sabor da covardia e do oportunismo. Mas estão juntos há tanto tempo, não é? Eles se conhecem. O PMDB tem uma máquina considerável no governo do estado e na prefeitura. Se todos os que pretendem sair candidatos realmente se viabilizarem, o resultado é bastante incerto. Hoje, quem lidera as pesquisas de opinião — ai, ai… — é Anthony Garotinho, do PR.
Cabral já teve seus dias de alegria e de euforia com o petismo. Quando Dilma ainda não era a rainha da popularidade, no Carnaval de 2010, este vídeo ficou célebre. Como no poema, a “festa acabou”.
Vejam. Volto depois.
http://www.youtube.com/watch?v=-neyvN_L_pM&feature=player_embedded
Vejam. Volto depois.
http://www.youtube.com/watch?v=-neyvN_L_pM&feature=player_embedded
É, “amigation”, é Sérgio Cabral, não o Joel Santana. Convenham, né? Depois disso tudo, ele tem o direito de achar que fizeram uma “safadation” com ele…
29 de janeiro de 2014
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