"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 8 de dezembro de 2013

ACUSADO DE SER INFORMANTE DO DOPS, LULA FOGE DA IMPRENSA

Escrito pelo ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Junior, que exerceu o cargo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o livro Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado, ainda nem chegou às livrarias, mas já está movimentando Brasília. A obra retoma alguns dos piores momentos do PT, como a morte do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, a criação de dossiês e o mensalão. O PSDB vai convidar o autor para dar mais detalhes sobre as denúncias no Congresso.
 
Em entrevista à revista Veja, Tuma Jr. disse que recebeu ordens para "produzir e esquentar" dossiês contra adversários do governo no período em que trabalhou no Ministério da Justiça. Disse ainda ter ouvido de Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, a "confissão" de que recursos "arrecadados" em Santo André na gestão Celso Daniel alimentavam campanhas do partido. Por fim, afirmou ter encontrado uma conta nas Ilhas Cayman que teria recebido recursos do mensalão.
 
Tuma Jr. perdeu o cargo no governo em 2010, após gravações telefônicas da Polícia Federal revelarem ligações entre ele e Li Kwok Kwen, apontado como um dos chefes da chamada máfia chinesa em São Paulo. Kwen foi preso e acusado de liderar uma quadrilha especializada em contrabando.
 
Roteiro. "É importante aprofundar questões colocadas por Tuma Júnior no livro. Ele retirou do armário alguns esqueletos", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). O ideal, de acordo com o tucano, é que Tuminha, como é conhecido, faça um depoimento oficial na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. "É preciso ver se ele tem documentos que possam dar credibilidade às denúncias. Ele é um policial experiente, não faria isso (denunciar) sem ter algum material (que comprove as acusações)", considerou. "Ao ouvir o Tuma oficialmente, teremos subsídios para protocolar denúncia na Procuradoria-Geral da República e instaurar inquéritos."
 
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), chamou a entrevista do ex-secretário de "esclarecedora e estarrecedora" por meio de nota. Sampaio vai requerer no início da semana à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara a realização de audiência pública com a presença de Tuma Júnior para esclarecer as denúncias."O ex-secretário confirmou tudo aquilo que sempre denunciamos", disse Sampaio.
 
A reportagem entrou em contato com o Instituto Lula, que não preferiu não comentar as denúncias feitas por Tuminha no livro.
 
(Estadão)
 
08 de dezembro de 2013
in coroneLeaks

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