O BRASIL E O VÍCIO DE PERDER NA MÃO GRANDE
A corrupção, a intolerância e a violência se tornaram tão comuns no Planeta Terra - e principalmente na terrinha de Bruzundanga - que as pessoas conseguem ficar "apenas chocadas" com a estupidez de um atentado como o de Orlando, nos EUA, onde apenas um maluco fanático assassinou 50 pessoas e deixou outras 53 feridas. O mundo caminha para um conflito em larga escala, porque o sistema hegemônico de poder, gerador de divisões artificiais, tem interesse em faturar alto com a indústria permanente da guerra.
Os debates civilizados estão impossíveis pelo mundo agora. Pior ainda em Bruzundanga. Por aqui, não se tem a percepção exata de quem é, o que representa e o que deseja o "inimigo". O crime institucionalizado, cada vez mais bem organizado, ultrapassa as fronteiras da politicagem. O Fantástico de domingo mostrou uma reportagem sobre a roubalheira em condomínios, promovida por síndicos, com a conivência ou omissão dos moradores. Ou seja, somos resignados além da conta. Flertamos e convivemos bem próximos das coisas erradas, mas somos lentos para reagir contra elas.
A maioria dos brasileiros, interligados nas redes sociais, não domina conceitos sobre o que vê, escuta e fala... Defender Michel Temer incondicionalmente é mais que temerário: é não enxergar o esquema partidário que rouba o Brasil desde 1985, apenas para ser "coerente" com um ódio fanático ao PT. Tal leitura errada sobre a natureza e a dimensão da crise estrutural brasileira reflete apenas intolerância política digna dos extremos fascistas e comunistas. Agir feito torcida organizada não resolve. Em uma analogia simbólica de ocasião, o Brasil perde até para o Peru com gol de mão...
Algumas vozes lúcidas, com o livre pensador Olavo de Carvalho, conseguem enxergar a dimensão do fenômeno: "Precisamos voltar as ruas", proclamam. Sim, mas contra quem e a favor de quem? Antes os males condensavam-se em figuras simbólicas de fácil acesso: Lula e Dilma. Agora apagamos os símbolos sem eliminar os males. Estes continuam existindo, porém sem rosto. Restam, portanto, só os inimigos abstratos, não personificados: narcotráfico, 70 mil homicídios anuais, sexualização forçada das crianças nas escolas etc. etc. É contra essas coisas que o povo tem de se mobilizar agora, desprezando a disputa de poder entre os políticos. É o único caminho possível.
Além de Olavo, quem também consegue apontar saídas objetivas de ação é o jurista Antônio José Ribas Paiva, presidente do Nacional Club: "O Brasil precisa de decência. Temos que instituir mecanismos institucionais, que garantam a legalidade e a moralidade no trato da coisa pública. Para tanto, é imprescindível a INTERVENÇÃO CÍVICA CONSTITUCIONAL, porque a DEMOCRACIA, que é a SEGURANÇA DO DIREITO, é impossível com essa classe política, que usurpou o PODER DO ESTADO, para a prática de crimes continuados. INTERVENÇÃO CÍVICA CONSTITUCIONAL JÁ!!!".
Temos um gigantesco desafio que não se resume a apoiar (ou fazer mera torcida) por candidatos à Presidência da República. Precisamos definir, com urgência, que modelo de País, quais mudanças desejamos e podemos efetivamente realizar, no curto, médio e longo prazos. O debate estratégico sobre o Brasil tem de reunir as melhores cabeças que tivermos. O resto é debate inútil... Perda de tempo e energia com quem não quer e nem sabe pensar com liberdade, responsabilidade é um mínimo de inteligência... Projeto para o Brasil, primeiro. Nomes de presidenciáveis são consequências.
A proposta Federalista seria bem adequada se conseguirmos fazer com que a maioria da sociedade consiga compreendê-la. Isto só vai acontecer em um longo processo de livre debate. Aí reside nosso problema: a maioria dos brasileiros, sobretudo nossas "zelites" não querem debates: preferem soluções mágicas, imediatas, vindas de "salvadores da Pátria" ou promovidas com fórmulas autoritárias simplistas, de cima para baixo. Os extremos radicais também não querem debater, pois já se comportam como donos de "verdades" prontas e acabadas, incontestáveis.
Se tal postura não for mudada pelo embate histórico e civilizado das ideias, vamos seguir o trágico destino de continuar sendo a maior colônia de exploração subdesenvolvida do planeta Terra. Neste ritmo, tomaremos de 7 das Alemanhas da vida, vamos perder dos Perus, com muitos gols na mão grande...
Releia o artigo de domingo: Namoramos com os inimigos da Democracia?
Eduardo que sabe demais
Superando recordes
Domínio do sorriso
A corrupção, a intolerância e a violência se tornaram tão comuns no Planeta Terra - e principalmente na terrinha de Bruzundanga - que as pessoas conseguem ficar "apenas chocadas" com a estupidez de um atentado como o de Orlando, nos EUA, onde apenas um maluco fanático assassinou 50 pessoas e deixou outras 53 feridas. O mundo caminha para um conflito em larga escala, porque o sistema hegemônico de poder, gerador de divisões artificiais, tem interesse em faturar alto com a indústria permanente da guerra.
Os debates civilizados estão impossíveis pelo mundo agora. Pior ainda em Bruzundanga. Por aqui, não se tem a percepção exata de quem é, o que representa e o que deseja o "inimigo". O crime institucionalizado, cada vez mais bem organizado, ultrapassa as fronteiras da politicagem. O Fantástico de domingo mostrou uma reportagem sobre a roubalheira em condomínios, promovida por síndicos, com a conivência ou omissão dos moradores. Ou seja, somos resignados além da conta. Flertamos e convivemos bem próximos das coisas erradas, mas somos lentos para reagir contra elas.
A maioria dos brasileiros, interligados nas redes sociais, não domina conceitos sobre o que vê, escuta e fala... Defender Michel Temer incondicionalmente é mais que temerário: é não enxergar o esquema partidário que rouba o Brasil desde 1985, apenas para ser "coerente" com um ódio fanático ao PT. Tal leitura errada sobre a natureza e a dimensão da crise estrutural brasileira reflete apenas intolerância política digna dos extremos fascistas e comunistas. Agir feito torcida organizada não resolve. Em uma analogia simbólica de ocasião, o Brasil perde até para o Peru com gol de mão...
Algumas vozes lúcidas, com o livre pensador Olavo de Carvalho, conseguem enxergar a dimensão do fenômeno: "Precisamos voltar as ruas", proclamam. Sim, mas contra quem e a favor de quem? Antes os males condensavam-se em figuras simbólicas de fácil acesso: Lula e Dilma. Agora apagamos os símbolos sem eliminar os males. Estes continuam existindo, porém sem rosto. Restam, portanto, só os inimigos abstratos, não personificados: narcotráfico, 70 mil homicídios anuais, sexualização forçada das crianças nas escolas etc. etc. É contra essas coisas que o povo tem de se mobilizar agora, desprezando a disputa de poder entre os políticos. É o único caminho possível.
Além de Olavo, quem também consegue apontar saídas objetivas de ação é o jurista Antônio José Ribas Paiva, presidente do Nacional Club: "O Brasil precisa de decência. Temos que instituir mecanismos institucionais, que garantam a legalidade e a moralidade no trato da coisa pública. Para tanto, é imprescindível a INTERVENÇÃO CÍVICA CONSTITUCIONAL, porque a DEMOCRACIA, que é a SEGURANÇA DO DIREITO, é impossível com essa classe política, que usurpou o PODER DO ESTADO, para a prática de crimes continuados. INTERVENÇÃO CÍVICA CONSTITUCIONAL JÁ!!!".
Temos um gigantesco desafio que não se resume a apoiar (ou fazer mera torcida) por candidatos à Presidência da República. Precisamos definir, com urgência, que modelo de País, quais mudanças desejamos e podemos efetivamente realizar, no curto, médio e longo prazos. O debate estratégico sobre o Brasil tem de reunir as melhores cabeças que tivermos. O resto é debate inútil... Perda de tempo e energia com quem não quer e nem sabe pensar com liberdade, responsabilidade é um mínimo de inteligência... Projeto para o Brasil, primeiro. Nomes de presidenciáveis são consequências.
A proposta Federalista seria bem adequada se conseguirmos fazer com que a maioria da sociedade consiga compreendê-la. Isto só vai acontecer em um longo processo de livre debate. Aí reside nosso problema: a maioria dos brasileiros, sobretudo nossas "zelites" não querem debates: preferem soluções mágicas, imediatas, vindas de "salvadores da Pátria" ou promovidas com fórmulas autoritárias simplistas, de cima para baixo. Os extremos radicais também não querem debater, pois já se comportam como donos de "verdades" prontas e acabadas, incontestáveis.
Se tal postura não for mudada pelo embate histórico e civilizado das ideias, vamos seguir o trágico destino de continuar sendo a maior colônia de exploração subdesenvolvida do planeta Terra. Neste ritmo, tomaremos de 7 das Alemanhas da vida, vamos perder dos Perus, com muitos gols na mão grande...
Releia o artigo de domingo: Namoramos com os inimigos da Democracia?
Eduardo que sabe demais
Superando recordes
Domínio do sorriso
Nenhum comentário:
Postar um comentário