"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

"A SOCIEDADE PRECISA VIGIAR PARA QUE A LAVA JATO NÃO SEJA ENTERRADA"

Na entrevista ao Estadão, Deltan Dallagnol afirmou que a sociedade precisa ficar vigilante para que a Lava Jato não seja enterrada, porque há muita gente poderosa e influente conspirando contra ela:

Estadão
– É possível que um governo, ou mesmo que o Congresso, consiga dar fim à
Lava Jato?

Deltan
É sim possível e até provável, pois quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República. 
À medida que as investigações avançam em direção a políticos importantes de diversos partidos, a tendência é que aqueles que têm ‘culpa no cartório’ se unam para se proteger. É o que se percebe nos recentes áudios que vieram a público. 
Neles, os interlocutores dizem que alertaram diversos outros políticos quanto ao perigo do avanço da Lava Jato. É feita também a aposta num ‘pacto nacional’ que, conforme também se extrai dos áudios, tinha como objetivo principal acabar com a Lava Jato. 
Não podemos perder de vista que outras operações que antecederam a Lava Jato foram abruptamente encerradas sob alegações frágeis de ocorrência de nulidade, por exemplo.
Além disso, há o risco grande de retrocesso legislativo, como aconteceu na Itália, na operação Mãos Limpas. 
Lá, os corruptos reagiram à investigação fazendo acusações incessantes de supostos abusos e aprovando projetos de lei que minaram a operação. 
Foi aprovada, por exemplo, a chamada “lei salva ladrões”, que proibia a prisão preventiva em casos de corrupção.
Aqui também estão tentando de tudo. 
Não podemos compactuar com a generalização de que políticos são ladrões porque ela pune os honestos pelos erros dos corruptos e desestimula pessoas de bem a entrarem na política, quando o que queremos é o contrário.
Contamos com a proteção de políticos comprometidos com o interesse público, mas não podemos menosprezar o poder das lideranças que estão sendo investigadas. 
A sociedade precisa ficar vigilante para que a Lava Jato não seja enterrada.

13 de junho de 2016
in o antagonista

Nenhum comentário:

Postar um comentário