"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

É A RELIGIÃO, ESTÚPIDO!


A imprensa brasileira, sempre politicamente correta, trata o atentado em Orlando como se fosse coisa de brancos homofóbicos com acesso a armas até na padaria. E tome ataque ao princípio constitucional que permite aos norte-americanos o uso de armas. Nem sequer uma palavra sobre a religião do sujeito que perpetrou o crime, que é, sim, muçulmano, filho de paquistanês, criado numa cultura antiocidental, antimoderna e antiliberal. Estúpidos aqui e nos EUA ficam apenas na superfície. O mal está na própria religião islãmica, que divide o mundo entre fiéis e infiéis, isto é, entre islâmicos e não-islâmicos. O Ocidente e sua cultura são os inimigos, exatamente porque infiéis, que se recusam ao Islã (como se sabe, o significado de islã é submissão). Antes de ser homofóbico, Omar Mateen é terrorista. A propósito, segue texto de Douglas Murray, publicado no inglês The Spectator (a tradução é de Daniel Lopes, da revista eletrônica Amálgama): "Não podemos ignorar a religião do atirador de Orlando":

Na noite passada, um atirador atacou uma boate gay em Orlando, Flórida. Até agora, pelo menos 50 pessoas foram confirmadas mortas e outras 42 feridas – o que faz do ocorrido o pior assassinato em massa com arma de fogo da história americana. O atirador aparentemente foi um cidadão dos EUA chamado Omar Mateen. Até o FBI agora admite que ele teria “inclinações” para a ideologia islâmica radical. Seus pais, afegãos, disseram estar chocados.

Eis uma previsão. Se o atirador da noite passada tivesse sido um fundamentalista cristão, toda e qualquer pessoa com quem ele tivesse se associado no passado estaria agora sendo perseguida não só pelas autoridades, mas também pela imprensa. Figuras conhecidas de igrejas e líderes por todo o país e no resto do mundo teriam condenado o ato e dito o quão importante é erradicar esse tipo de ódio do coração das pessoas. Todo grupo, indivíduo ou companheiro de viagem que estivesse de alguma forma associado com a ideologia do atirador estaria para sempre manchado por associação, mesmo que não tivesse conexão com o atirador em si.

Mas o ataque em Orlando parece ter sido realizado por um radical muçulmano, não um radical cristão. E, assim, as autoridades minimizarão o componente ideológico. Enquanto isso, líderes dos EUA e de outros países tentarão negar a conexão ideológica ou dizer – na melhor das hipóteses – que é importante não apontar o dedo para uma única ideologia. Quase todo imã nos Estados Unidos e alhures negará que haja qualquer conexão entre as crenças do atirador e as suas próprias.

Se algum jornalista investigar com quais mesquitas ou grupos o atirador estava associado, a totalidade dos líderes da comunidade muçulmana americana insistirá que qualquer identificação das crenças do atirador é, na verdade, “islamofóbica”. Dessa forma, o ódio que impulsionou o atirador não apenas continuará vivo, mas evoluirá. Que é o que o resto de nós poderia pensar ter sido o objetivo desde o início.

Tem apenas dois meses que nós britânicos ficamos sabendo que 52 por cento dos muçulmanos britânicos acreditam que ser gaydeveria se tornar algo ilegal no Reino Unido. Quando essa pesquisa foi divulgada, praticamente a totalidade da liderança muçulmana no país e seus porta-vozes atacaram, não a intolerância de sua própria comunidade, mas a pesquisa.

É sempre assim. E, não obstante, há uma ligação perfeitamente direta desse tipo de crença para o que aconteceu na Flórida na noite passada. Nós, e eles, admitiríamos isso se qualquer outra comunidade religiosa estivesse no foco. Mas não quando é o islã.


13 de junho de 2016
in orlando tambosi

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