"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

"LE FIGARO" ELOGIA PUTIN POR SER O ÚNICO LÍDER EUROPEU QUE DIZ NÃO AOS EUA

Charge de Eric Allie, reprodução do Arquivo Google

O conhecido jornal francês “Le Figaro” publicou na quinta-feira extenso artigo dedicado ao Presidente russo Vladímir Putin, por ser o único líder europeu que se permite dizer “não” ao governo dos EUA. O jornalista francês Éric Zemmour, apresenta um resultado decepcionante para a Europa contemporânea: a dependência política, a negligência dos valores cristãos, a desconfiança dos cidadãos nas instituições governamentais. De acordo com Zemmour, para a Europa, Putin é um reflexo de sua consciência.

“É uma espécie de Papa, que nos diz: ‘Foi a Europa que criou você e seu cristianismo’. Volto a repetir: ele é o único líder europeu que diz “não” aos norte-americanos, como fazia outrora Charles de Gaulle. Putin é o único chefe de Estado europeu que defende as raízes da sociedade tradicional, apesar do fato de que todos os outros líderes ocidentais têm procurado erguer o indivíduo de suas raízes ao posto de divindades poderosas” – observa o jornalista em seu artigo.

Zemmour fala do retorno de políticas conservadoras de Putin, dirigidas não para criar obstáculos ao movimento “Para a Frente e Para o Alto”, mas projetada para proteger contra “o Movimento Para Trás e Para Baixo”, que visa a escuridão caótica, um retorno ao estado político primitivo.
E graças à sua posição prudente e conservadora, a Rússia está se tornando uma resposta maior entre os cidadãos dos países ocidentais, disse Zemmour.

Nas palavras do jornalista do “Le Figaro”, o universalismo arrogante dos Estados Unidos “tem levado a muitos desastres do mundo, enquanto o formalismo jurídico europeu provoca decepção generalizada.

O jornalista encerra o artigo com a conclusão de que o que atrai os cidadãos do Ocidente para a Rússia não é o sucesso do país, mas o medo do declínio do modelo ocidental.
 
 (texto enviado pelo jornalista Sergio Caldieri)


08 de junho de 2016
Giovanni G. Vieira

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