Em conversa na noite desta terça-feira (17) com senadores que foram contra o seu afastamento temporário, a presidente Dilma Rousseff avaliou que ainda há chances de reverter a sua saída definitiva no julgamento final que será feito pelo Senado. A presidente afastada chamou os 22 senadores que votaram contra a abertura do seu processo de impeachment na semana passada para um jantar no Palácio da Alvorada, mas nem todos compareceram.
Segundo senadores, ela agradeceu o apoio e fez análises sobre os primeiros dias de governo do presidente interino Michel Temer.
“Ela pareceu tranquila e confiante de que pode reverter o cenário do Senado porque a opinião pública está modificando seu entendimento sobre esse processo. O governo interino vem cometendo erros sobre erros e a população não se sente representada pelas propostas”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), ex-líder do governo de Dilma.
HÁ INDECISOS, DIZ COSTA
Ainda segundo Humberto Costa, como a Casa irá entrar na fase do julgamento de Dilma, o grupo aliado à petista considera que há um grupo de cerca de dez senadores que votaram pela abertura do processo, mas, agora, podem ser convencidos de que a presidente não cometeu crime de responsabilidade.
Disse também que, no encontro, Dilma avaliou ainda que Temer começou mal seu governo interino ao cometer uma série de erros, ao relegar a um plano secundário as políticas para mulheres, negros e minorias e a extinção do Ministério da Cultura. Temer repassou as atribuições da pasta para o Ministério da Educação com a criação da Secretaria Nacional de Cultura.
APOIO EM CANNES
Costa afirmou ainda que Dilma ficou “muito impressionada” com a manifestação feita por artistas do filme brasileiro “Aquarius” em Cannes, na França, nesta semana.
Segurando cartazes com os dizeres em inglês e francês “Um golpe está acontecendo no Brasil”, “54 milhões de votos foram queimados”, “O Brasil não é mais uma democracia” e “Dilma, vamos resistir com você”, a equipe do filme, que está em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cannes, protestou na sessão de gala que exibiu o longa nesta terça (17).
Segurando cartazes com os dizeres em inglês e francês “Um golpe está acontecendo no Brasil”, “54 milhões de votos foram queimados”, “O Brasil não é mais uma democracia” e “Dilma, vamos resistir com você”, a equipe do filme, que está em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cannes, protestou na sessão de gala que exibiu o longa nesta terça (17).
A equipe de “Aquarius”, que inclui atores como Sonia Braga, Humberto Carrão e Maeve Jinkings, posava para fotos na frente da escadaria que leva ao Palácio dos Festivais quando, impulsionados pelo gesto do diretor Kleber Mendonça Filho (“O Som ao Redor”), exibiram cartazes em protesto contra a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O tipo de reportagem necessita de tradução simultânea. A matéria está propositadamente incompleta, porque não revela quantos senadores aliados se deram ao trabalho de ir ao Alvorada. Não saiu nenhuma foto, embora Ricardo Stuckert esteja trabalhando no palácio…
Se a presidente Dilma não consegue que atendam a um simples convite (o Alvorada fica próximo ao Senado), isso significa que muitos deles já estão debandando.
Manter os 22 votos já seria uma façanha. Chegar a 28 votos para Dilma voltar ao poder, sem dúvida, é missão impossível sem Tom Cruise. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O tipo de reportagem necessita de tradução simultânea. A matéria está propositadamente incompleta, porque não revela quantos senadores aliados se deram ao trabalho de ir ao Alvorada. Não saiu nenhuma foto, embora Ricardo Stuckert esteja trabalhando no palácio…
Se a presidente Dilma não consegue que atendam a um simples convite (o Alvorada fica próximo ao Senado), isso significa que muitos deles já estão debandando.
Manter os 22 votos já seria uma façanha. Chegar a 28 votos para Dilma voltar ao poder, sem dúvida, é missão impossível sem Tom Cruise. (C.N.)
18 de maio de 2016
Mariana Haubert
Folha
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