O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti, criticou o documento do PT que acusa procuradores, delegados e o juiz Sérgio Moro de partidarismo na Operação Lava-Jato. O partido afirma que há omissão em relação a crimes do PSDB e que o magistrado “e sua ‘equipe’ de delegados da PF e procuradores do MPF fazem de tudo (até mesmo anistiar criminosos confessos) para atingir o PT” se o objetivo de acabar com a corrupção, mas de “prejudicar a imagem” da legenda e do governo.
Para Robalinho, os dados desmentem a tese do PT, que é vazia de nexo e conteúdo.“Pressupor que uma operação com as dimensões da Lava-Jato (com 941 procedimentos instaurados, 75 condenados, R$ 1,8 bilhão recuperados e 85 pedidos de assistência jurídica internacional) está atrelada a interesses particulares ou político-partidários demonstra a falta de fundamento das críticas encontradas na cartilha”, disse ele em nota. “É de amplo conhecimento que a investigação de agentes políticos de diversos partidos tem amplitude que vai muito além do Partido dos Trabalhadores.”
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República disse que a nota oficial do PT causa perplexidade. Ele repudiou o fato de um partido político, orgulhoso de ter promovido ações de combate à impunidade, agora estar se manifestando “com afirmações sabidamente falsas contra o trabalho independente, técnico e imparcial de instituições democráticas”.
15 de novembro de 2015
Eduardo Militão
Correio Braziliense
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