A CPI do BNDES aprovou nesta quinta-feira (12) a convocação do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para explicar suspeitas de tráfico de influência e de irregularidades na obtenção de empréstimo do banco.
A aprovação ocorreu em um momento de desatenção da base aliada do governo Dilma, que tem conseguido barrar requerimentos contrários a petistas nas CPIs do Congresso. A oposição conseguiu reunir mais deputados e impôs uma derrota com 13 votos favoráveis à convocação de Bumlai e 3 contrários.
Na semana passada, a CPI solicitou documentos sobre os empréstimos de Bumlai, mas não conseguiu votar a sua convocação.
A Folha revelou que o BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai.
AUGUSTIN ESCAPA
Depois da derrota na votação sobre Bumlai, a base aliada se reorganizou e conseguiu rejeitar a convocação do ex-secretário de Tesouro Arno Augustin, apontado como responsável pelas manobras fiscais conhecidas como pedaladas fiscais, que resultaram na rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União.
Os deputados aprovaram a convocação do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, delator da Operação Lava Jato, por sua atuação na empresa Sete Brasil, que iria receber recursos do BNDES. Até a publicação desta matéria, a sessão da CPI continuava em andamento.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que houve uma quebra de acordo da oposição ao incluir a convocação de Bumlai na pauta. Por isso, a base aliada acabou sendo pega de surpresa.
O PT havia concordado em convocar Arno Augustin, o que levaria o desgaste para a presidente Dilma, em vez do amigo de Lula. “Arno seria um depoimento mais técnico. Bumlai é uma coisa política, vai ser explorada sua ligação com Lula”, disse Zarattini.
NA FILA…
Petistas também alegaram que o regimento não permitiria essa inversão na pauta, porque havia outros requerimentos na fila que não tinham sido aprovados e deveriam entrar antes do de Bumlai. Com esse argumento, querem recorrer ao plenário da Câmara contra a aprovação. O presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), disse a eles que vai analisar a questão.
Cinco requerimentos pediam à CPI a convocação de Bumlai, apresentados pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), Miguel Haddad (PSDB-SP), Sérgio Vidigal (PDT-ES), Augusto Coutinho (SD-PE) e João Gualberto (PSDB-BA).
A convocação obriga o comparecimento, mas a data ainda depende de decisão do presidente da CPI.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O empréstimo irregular do BNDES foi liberado com cumplicidade do Banco do Brasil, que entrou como avalista de uma empresa pré-falida. (C.N.)
15 de novembro de 2015
Aguirre Talento
Folha
A CPI do BNDES aprovou nesta quinta-feira (12) a convocação do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para explicar suspeitas de tráfico de influência e de irregularidades na obtenção de empréstimo do banco.
A aprovação ocorreu em um momento de desatenção da base aliada do governo Dilma, que tem conseguido barrar requerimentos contrários a petistas nas CPIs do Congresso. A oposição conseguiu reunir mais deputados e impôs uma derrota com 13 votos favoráveis à convocação de Bumlai e 3 contrários.
Na semana passada, a CPI solicitou documentos sobre os empréstimos de Bumlai, mas não conseguiu votar a sua convocação.
A Folha revelou que o BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai.
AUGUSTIN ESCAPA
Depois da derrota na votação sobre Bumlai, a base aliada se reorganizou e conseguiu rejeitar a convocação do ex-secretário de Tesouro Arno Augustin, apontado como responsável pelas manobras fiscais conhecidas como pedaladas fiscais, que resultaram na rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União.
Os deputados aprovaram a convocação do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, delator da Operação Lava Jato, por sua atuação na empresa Sete Brasil, que iria receber recursos do BNDES. Até a publicação desta matéria, a sessão da CPI continuava em andamento.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que houve uma quebra de acordo da oposição ao incluir a convocação de Bumlai na pauta. Por isso, a base aliada acabou sendo pega de surpresa.
O PT havia concordado em convocar Arno Augustin, o que levaria o desgaste para a presidente Dilma, em vez do amigo de Lula. “Arno seria um depoimento mais técnico. Bumlai é uma coisa política, vai ser explorada sua ligação com Lula”, disse Zarattini.
NA FILA…
Petistas também alegaram que o regimento não permitiria essa inversão na pauta, porque havia outros requerimentos na fila que não tinham sido aprovados e deveriam entrar antes do de Bumlai. Com esse argumento, querem recorrer ao plenário da Câmara contra a aprovação. O presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), disse a eles que vai analisar a questão.
Cinco requerimentos pediam à CPI a convocação de Bumlai, apresentados pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), Miguel Haddad (PSDB-SP), Sérgio Vidigal (PDT-ES), Augusto Coutinho (SD-PE) e João Gualberto (PSDB-BA).
A convocação obriga o comparecimento, mas a data ainda depende de decisão do presidente da CPI.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O empréstimo irregular do BNDES foi liberado com cumplicidade do Banco do Brasil, que entrou como avalista de uma empresa pré-falida. (C.N.)
15 de novembro de 2015
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O empréstimo irregular do BNDES foi liberado com cumplicidade do Banco do Brasil, que entrou como avalista de uma empresa pré-falida. (C.N.)
Aguirre Talento
Folha
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