SÓ MESMO ALGUM TIPO DE INTERVENÇÃO NOS LIVRARIA DESSE PESADELO

Certamente a queda vertiginosa de Dilma no conceito do povo não é culpa de FHC nem do PSDB, para desespero de uns e outros neste espaço democrático.

Foram necessários quase treze anos para que o cidadão brasileiro se desse conta do engodo que foi o PT, que iludiu um País apresentando uma plataforma de melhorias sociais apenas aparente, pois a realidade atual coloca os beneficiados de ontem no mesmo lugar de onde vieram ou em situação pior.

Com exceção do Bolsa Família – imprescindível manter pelo menos esses milhões de votos a qualquer custo –, que sustenta gente improdutiva e que também não estuda (portanto, um programa meramente assistencialista e não com o objetivo de melhorar a vida desse pessoal), o desemprego, a desilusão e o desespero tomam conta de muitos milhões de brasileiros.

Dizem que a verdade dói, acredito, considerando que agora vem à tona o embuste eleitoral de que fomos vítimas, que concedeu mais quatro anos ao PT e à presidente Dilma para continuarem na função precípua de permitir o roubo, as falcatruas, corrupção e desonestidade em formas e práticas nunca antes vistas na História do Brasil!

SONHO E PESADELO

O sonho acabou, dando lugar ao pesadelo cotidiano do brasileiro – a perda do emprego, a busca por uma colocação no escasso mercado de trabalho, o dinheiro inexistente e caríssimo, a inflação galopante, a carga tributária insuportável, os três poderes se concedendo reajustes salariais e aumentos de diárias absurdos, enquanto o povo apenas tem dificuldades para enfrentar a cada dia.

Tudo isso reflete o descontentamento e a constatação tardia, diga-se de passagem, dos males do PT e de nossos algozes, Lula e Dilma, que hoje se divertem conosco, debocham dos nossos problemas, até riem às nossas custas.

Querer a saída dos petistas do poder é golpe contra a democracia, dizem, pois no conceito desses “democratas”, a sina do povo é sofrer, e o destino de nossos governantes é enriquecer à base de golpes contra o erário público e a exploração do trabalho do cidadão contribuinte.

ALGUMA INTERVENÇÃO

Da minha parte, anseio por intervenção militar ou civil ou eclesiástica ou divina ou extraterrestre ou espiritual ou milagrosa… para interromper esta sequência de descalabros e desmandos há quase 13 anos, coincidentemente um número que demonstra estarmos mesmo muito sem sorte.

Mas no momento, só nos resta assistir calados e imóveis aos ladrões agindo em nosso nome, porque esta é a definição da democracia do PT, ou seja, o povo eternamente a serviço de suas intenções e objetivos.

02 de abril de 2015

Francisco Bendl

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Como diz o humorista, "o sonho acabou, mas ainda temos rosquinhas..." Mais feliz seria a expressão o 'pesadelo acabou', porque, mesmo sem necessidade de qualquer intervenção, e se ela vier a antecipar o fim dessa estupidez que submeteu o país ao caos e a desordem social e econômica, ser[a bem vinda e que seja pela via legal, civil, parlamentar, consensual. 

As ruas, a despeito da depressiva sugestão do texto de que "só nos resta assistir calados e imóveis aos ladrões agindo em nosso nome", optou por gritar, negando o silêncio cúmplice com a corrupção que domina o país. E a rua somos nós, a nação insatisfeita, cansada de assistir ao desmantelo do país, que já anuncia o desejo, a vontade de livrar-se de um governo que ludibriou, mentiu, enganou, usou o vasto segmento social da pobreza e do analfabetismo, manipulado por bolsas miseráveis, que em momento algum resgatou a pobreza, antes consistiram na farsa da distribuição de renda. 

Um grande engodo, destinado apenas a criar um continente de eleitores pronto para a ociosidade e as benesses de receber sem qualquer retorno inúteis recursos que mais o afundam na miséria do que em melhorias sociais.

Distribuição de renda se faria com o uso dos impostos retornando em saúde, educação, saneamento básico, segurança pública, infraestrutura, geração de empregos. 

Mas a quem serviria  tais providências? Ao povo? A esse povo que se acomoda em procriar para aumentar o miserável valor do bolsa família, que melhor título teria se denominado fosse de "bolsa eleitor"? 

Pela indiferença que marcou, que assinalou o abandono social a troco de alguns vinténs, aflora a insurgência, a insatisfação, a descoberta do beco em que foram jogados, sem esperanças, sem futuro, condenados a pobreza...

***

(Ouve-se à larga da boca do próprio povo: "tem rapariga parindo um atrás do outro só para receber a bolsa. Conheço algumas que já ganham pra mais de 2 mil real...". Também se pode ouvir: "ninguém mais trabalha. A roça tá abandonada."  "Só se vê o povo nos bancos de bodega, bebendo cana...". "O comércio agora só vende quando sai o bolsa família..."

De um motorista de praça ouvi a seguinte historinha:

"Disse ele em tom enfaticamente crítico, que outro dia, levando duas mulheres em
seu táxi, inevitavelmente ouviu o seguinte diálogo:

Disse uma: "meu homem vai sair do presídio semana que vem. Já vou logo dizendo pra ele voltar, pois não quero ficar sem meu salário...Se ele vai roubar ou matar, o problema é dele..." .

Referia-se obviamente ao Bolsa Presidiário.)

***

Acredito que o pesadelo acabou. Como conta a historinha, " o rei está nu". A farsa da bandidagem petralha emergiu da lama, deixou as profundezas dos sigilos e ganhou nomes de 'respeitáveis' personalidades. Os poderosos engravatados da república, vestiram o macacão dos presidiários. Não importa se por pouco tempo - já que o parto da punibilidade ainda é uma recém-nascida, e dependerá da sociedade, punir a caterva de ressentidos que transformaram o país em valhacouto de fraudadores, usando a democracia para punir a liberdade, o Direito, a Honestidade, a Ética.

E o mais importante - apesar de toda a 'politização' da justiça via aparelhamento das instituições, o processo de depuração avança carregado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pelas condenações de corruptos, condenação indiferente ao poder de que desfrutam, como empresários, políticos, 'celebridades' do submundo... 

Infelizmente sabemos que a bandalheira vai além dos recentes casos mensalão e petrolão, Segundo um delator premiado, há outras empresas estatais com as mesmas ou mais graves situações de organizada corrupção.

Um parlamento indecentemente fisiológico, onde a ética e o respeito ao país, passa à larga.

Cuidam de lotear o Estado, de que não lhes retirem ou diminuam as mordomias, invejáveis em qualquer parlamento do mundo.

Nada espartano, não economizam em gastanças de toda ordem, às custas de altíssimas cargas tributárias - você sabe quantos são os impostos vigentes no país? - que em nada servem às políticas públicas. A educação, a saúde, a segurança andam ao léo, baldiamente servindo a intermináveis "discussões ociosas" de politiqueiros.

E o grande mal dessa esbórnia, desse baratino de políticos inconsequentes, é que contamina a nação com o descrédito de que politicamente não há solução para o Brasil, e daí surge o grito que pede o golpe militar.

m.americo