O Supremo Tribunal Federal acaba de negar o pedido do Ministério Público para prender Renato Duque, o grande operador do PT no escândalo do Petrolão e homem de José Dirceu.
O argumento do relator Teori Zavascki foi acatado: não haveria risco de ele fugir do país. Os ministros Carmen Lúcia e Gilmar Mendes acompanharam o voto do relator. Teori Zavascki, que já havia mandado soltar Renato Duque quando ele foi preso pela PF na primeira leva da Operação Lava-Jato, disse que:
"O fato de manter valores no exterior, por si só não constitui motivo suficiente para supor risco de fuga. Não se pode dizer que qualquer dos réus não tenha recurso para fugir do país. Se fosse fundamento legítimo, teríamos que decretar prisão preventiva de modo geral e absoluto para todos os investigados."
É exatamente o que deveria ser feito, ministro Teori Zavascki: todos os investigados deveriam ter a prisão preventiva decretada, porque podem não apenas fugir, como sumir com provas essenciais à sua condenação. Para não falar do sentimento de impunidade desses criminosos -- sentimento que constrange e abate o país.
A operação na semana passada foi batizada de My Way, que era como Pedro Barusco chamava Renato Duque. Não foi uma gracinha da PF.
No delação premiada de Barusco, Renato Duque e João Vaccari Neto são apontados como as duas pontas -- dentro e fora da Petrobras -- do esquema de corrupção e de projeto de poder do Partido dos Trabalhadores. Sempre de acordo com Pedro Barusco, o PT roubou entre 150 e 200 milhões de dólares da empresa.
A liberdade de Renato Duque é uma afronta à própria Justiça e, portanto, a todos os brasileiros honestos.
Uma vergonha.
10 de fevereiro de 2015
o antagonista
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