(Folha Poder) Depois de ficar fora da Mesa Diretora da Câmara e do comando das principais comissões da Casa, o PT também não terá papel de destaque na comissão de reforma política que será instalada nesta terça-feira (10) na Câmara dos Deputados. Em acordo com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser eleito para o comando da comissão o deputado Rodrigo Maia (RJ) (foto), ex-líder do DEM na Câmara e ferrenho opositor das gestões do PT no governo federal.
Para a relatoria da comissão, deve ser indicado o deputado Marcelo de Castro (PMDB-PI). Cunha afirmou que o acordo para que o DEM comande a comissão parte do pressuposto de que é preciso que a oposição tenha papel de destaque nas discussões para que não tente inviabilizá-la. "Se você quer ter um planejamento para votar, você não pode restringir a comissão à maioria. Você não ache que vamos começar um processo delicado desse com obstrução [da oposição] por ser uma comissão constituída apenas da base governista", afirmou o presidente da Câmara.
O fato é que o PT sofre mais uma derrota na composição dos postos-chave da Câmara na gestão de Cunha. Aliado visto como pouco confiável pelo Palácio do Planalto, o peemedebista foi eleito para o comando da Câmara no dia 1º derrotando o PT e o governo. Logo de início, elegeu a reforma política como prioridade. Entre outros pontos, o PMDB irá defender mudanças na forma como são eleitos os deputados federais. Hoje isso ocorre por meio de uma fórmula que leva em conta a votação de todos os candidatos do partido e da coligação, além do voto na legenda. O PMDB quer mudar o sistema para o chamado "distritão", em que são eleitos os mais votados.
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