O recuo da candidata Marina Silva (PSB) em relação à pauta gay provocou a reação de adversários da disputa presidencial nas redes sociais e repercutiu entre os internautas. Após o anúncio da revisão e o comunicado segundo o qual o programa de governo do PSB “estava errado”, o Facebook da presidente Dilma Rousseff publicou uma crítica com uma montagem da ex-senadora:
No texto, intitulado “Incoerência crônica”, a equipe da presidente diz que não demorou muito para que as controvérsias das propostas da candidata viessem à tona. “Evangélica fervorosa, Marina já teve várias opiniões sobre o tema. Em 2010, era contrária e, em 2013, chegou a defender as ações de Marco Feliciano (PSC-SP), famoso pelas críticas homofóbicas”, diz trecho da postagem no Facebook da presidente Dilma.
Candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge também fez questão de registrar a mudança de posicionamento da candidata:
“Durou pouco. Bastou um influente pastor reclamar e ameaçar uma guerra santa e a campanha do PSB recuou em dois pontos essenciais: o reconhecimento do direito ao casamento para estas pessoas e na gravidade dos crimes de homofobia”, disse ele, referindo-se ao Pastor Silas Malafaia, que criticou o programa de governo do PSB antes e depois da mudança.
Já Luciana Genro (PSOL) diz que Marina “cedeu à bancada da intolerância, como cedeu ao mercado, como acena aos usineiros e ao agronegócio”. Para ela, a atitude é uma marca da “velha política”.
Nas redes sociais, a inconstância de Marina virou motivo de piada para os internautas. Não demorou muito para que perfis no Twitter e páginas no Tumblr fossem criadas para satirizar a “constante dúvida” que a candidata vem apresentando em relação ao seu programa de governo.
04 de setembro de 2014
Bruno Góes e Nelson Lima
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário