A meu ver, nesse debate do SBT, quem se saiu melhor foi a candidata presidente Dilma Rousseff. Mesmo nervosa, defendeu bem seus pontos de vista, citou números e deu as respostas mais sensatas. Lembrou à candidata Marina Silva (que tem extraordinária habilidade com as palavras), que “falar bem e ter boas intenções”, ao ter que enfrentar os partidos e o Congresso, não resolve nada.
Marina Silva tentou “imprensar a presidenta Dilma” dizendo que o governo FHC nos deu o Plano Real, que o governo Lula trouxe crescimento econômico com justiça social, e que a presidenta Dilma está estragando tudo com recessão e alta inflação, sem citar números que ela nunca cita, mas Dilma tirou “de letra”, mostrando que a recessão é passageira, que o segundo semestre será de crescimento, que o consumo, embora fraco, está em alta de cerca de 2% ao ano, que não está combatendo a recessão com “arrocho salarial e desemprego” como antes, que a inflação está rigorosamente dentro do teto da meta de 6,5% ao ano. Se saiu muito bem da sinuca, que nem foi de bico.
PONTOS FRACOS
O senador Aécio Neves também bateu forte nos pontos fracos do governo (Segurança, Educação, Saúde), criticando a presidente Dilma por não executar muita coisa através de “Parceria Público-Privada”, o que não anima muito o povo, que sabe que onde entra a Iniciativa Privada no meio, tem que pagar muito: “Pedágio”, “Taxa”, “Preço” etc.
O que falta, porém, ao senador Aécio Neves é dizer que, para melhorar a vida do povo é melhor uma política monetarista, privativista, desregulamentada, governo mínimo, impostos baixos e livre comércio; ou uma política keynesiana, de governo desenvolvimentista e nacionalista, com proteção do mercado interno, como fizeram o grande presidente Vargas e a Revolução de 64. Enfim, definir um caminho que dê esperança ao povo, o que a meu ver até agora o senador Aécio Neves não deu.
O Dr. Eduardo Jorge, (PV) lúcido, tranqüilo, sendo de um partido “antidesenvolvimentista”, prega para uma minoria, felizmente. A Sra. Luciana Genro, fanática por uma ideologia superada do Século XIX, prega para uma minoria menor ainda, também felizmente. O pastor Everado, hiperliberal, que nos levaria a um total domínio do capital internacional, e o Sr. Levi Fidelix, que bateu bem na tecla do endividamento público, se saíram todos bem, mas como estão fora e muito longe do G-3, não impactam muito.
Flávio José Bortolotto
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